Um dos resultados mais surpreendentes da segunda pesquisa Mobile Time/Opinion Box sobre o uso de aplicativos móveis pelos internautas brasileiros que possuem smartphone diz respeito à utilização de antivírus no telefone. 51% dos entrevistados afirmaram ter um aplicativo de antivírus instalado em seu aparelho. Os números aos quais este noticiário teve acesso até então, providos por empresas do setor, indicavam percentuais menores. Porém, eram números referentes a assinantes de serviços pagos de antivírus. Sem dúvida, essa alta penetração se deve à oferta de antivírus gratuitos nas lojas de aplicativos.

Aos entrevistados que afirmaram ter um antivírus instalado em seu smartphone foi solicitado que indicassem o nome do serviço (em caso de mais de um antivírus usado simultaneamente, era permitido citar até três). Em primeiro lugar disparado aparece o antivírus Avast, apontado por 47,7% do grupo. Depois vêm AVG (16,4%); PSafe (14,6%); CM Security (5,4%); Cleanmaster (5,1%); Avira (3,4%); Du Speed Booster (3,4%); McAfee (3,1%); e Kaspersky (2,2%).

ATUALIZAÇÃO: Foram contabilizadas as menções com grafia errada dos nomes dos serviços, mas somente nos casos em que foi possível identificar sem dúvida a qual se referia. Por exemplo: menções a "Mcfee" ou "Macfee" foram computadas como "McAfee". Outro exemplo: o percentual do Du Speed Booster é a soma das menções a "Du Speed Booster", "Baidu", "Baidu Antivírus" etc.

A pesquisa indica que a preocupação com a segurança no smartphone é maior no grupo com idade entre 30 e 49 anos: 53,6% destes possuem antivírus. Na faixa de 16 a 29 anos, a proporção é de 49,2%. E entre aqueles com 50 anos ou mais, é de 46,1%.

Vale lembrar que a maioria dos aplicativos de antivírus não funcionam apenas como antivírus, mas trazem uma série de outras ferramentas relacionada à segurança e otimização da performance do aparelho.

Foram entrevistados 1.280 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo – vale lembrar que metade da população brasileira acessa a Internet. A distribuição por sistema operacional do smartphone dos entrevistados foi a seguinte: Android (81,4%); Windows Phone (8,7%); iOS (7,7%); outros (2,2%).

Análise

Alguns especialistas em segurança consultados por MOBILE TIME para analisar esses resultados comentaram que é comum em pesquisas sobre uso de anrivírus haver um percentual um pouco acima da média de falsos positivos. Ou seja: há pessoas que dizem que têm, mas na verdade não têm um antivírus. Talvez achem que já vem instalado no smartphone, ou talvez confundam com o que têm no desktop. De qualquer forma, no caso dessa pesquisa especificamente, foi tomado o cuidado de se pedir que o respondente informasse livremente o nome do antivírus utilizado. Foi a maneira encontrada de assegurar o máximo de certeza possível. Quem respondeu nomes de apps que não são antivírus foram descontados.

Portanto, ao que parece, o brasileiro está cada vez mais preocupado com a proteção do seu smartphone. E a tendência é de que isso cresça ainda mais, conforme aumenta a importância desse aparelho no dia a dia das pessoas, guardando dados cada vez mais relevantes, não apenas relacionados à sua privacidade, mas também aos seus meios de pagamento.

Mais resultados da pesquisa estão sendo divulgados ao longo desta semana em Mobile Time. Confira algumas das matérias já publicadas na lista abaixo.

 

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