O Nubank anuncia que atuará no México por meio de uma subsidiária chamada Nu. Trata-se da primeira operação internacional da fintech brasileira. A ideia é levar serviços financeiros para os 36 milhões de mexicanos que hoje estão desbancarizados.
Além disso, a companhia vai abrir um hub de tecnologia, ciência de dados e design no México. O Nubank também tem um centro de desenvolvimento em Berlim na Alemanha – mas não vende serviços financeiros no país europeu, cabe lembrar.
O Nubank já levantou US$ 420 milhões após sete rodadas de investimento, tendo recebido aportes dos seguintes investidores: Sequoia Capital, Kaszek Ventures, Tiger Global Management, QED, Founders Fund, DST Global, Redpoint Ventures, Ribbit Capital, Dragoneer Investment Group, Thrive Capital e Tencent.
Análise
A internacionalização do Nubank acontece ao mesmo tempo em que o mercado brasileiro começa a ser atacado por bancos digitais estrangeiros, vide o anúncio de entrada no Brasil do alemão N26. O movimento coincide também como recente anúncio de investimento de US$ 1 bilhão por parte do Softbank na colombiana Rappi. Embora esta seja originalmente uma startup de delivery, ela começa a atuar no segmento de pagamentos com o RappiPay.
A expansão de bancos digitais internacionais, contudo, não será tão rápida quanto aquela de apps de outros segmentos, como Uber. Isso porque o mercado financeiro é altamente regulado e cada país possui regras e procedimentos próprios a serem seguidos.
A internacionalização deve ser feita com cautela. Além das dificuldades burocráticas próprias do setor financeiro, trata-se de um processo que custa caro. Não faltam exemplos de outras startups digitais que perderam muito dinheiro ao subestimarem as dificuldades e os custos de internacionalização.