O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou em suas redes sociais que esteve com o vice-presidente do Telegram (Android, iOS), o russo Ilya Perekopsky, em Brasília nesta terça-feira, 7. “Ótima conversa sobre a sagrada liberdade de expressão, democracia e cumprimento da Constituição”, escreveu Bolsonaro, em seu Twitter.
Além de Perekopsky, participou também da reunião o representante legal do aplicativo no Brasil, o advogado Alan Thomaz, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Na segunda-feira, 6, foi a vez do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) receber os executivos do Telegram. No encontro, foram anunciadas novas medidas que a plataforma pretende implementar pela primeira vez no Brasil para o combate à desinformação nas eleições gerais de 2022.
Segundo Perekopsky, o Telegram está adotando o monitoramento de conteúdos publicados nos grupos de usuários. Seria a primeira vez que o app faz esse acompanhamento e, a partir da experiência brasileira, a ferramenta será replicada para outros países que também enfrentam ameaças à democracia por meio da disseminação de conteúdo falso.
O executivo explicou que as postagens suspeitas serão marcadas como potencial desinformação. Esse conteúdo será, então, encaminhado aos canais das agências de checagens de fatos no próprio Telegram, que se encarregará de analisar se o fato é ou não verdadeiro. Os usuários também poderão marcar e denunciar à plataforma materiais com suposto teor de Fake News.
Durante a reunião, encarregados do TSE, que elaboraram o Programa Nacional de Enfrentamento à Desinformação, apresentaram a Perekopsky uma lista de solicitações – uma delas seria o registro das origens de uma publicação suspeita.
O vice-presidente do Telegram respondeu não haver a possibilidade de atender a certas questões, dadas as características operacionais do Telegram. Contudo, disse que outras poderiam ser estudadas para implementação futura.