O trimestre trouxe resultados abaixo do esperado para a Nii Holdings, controladora da Nextel Brasil. Em balanço financeiro referente ao segundo trimestre do ano divulgado nesta sexta, 7, a companhia reconheceu que fracassou em atingir as metas do plano de reestruturação.

"Estamos desapontados com nosso desempenho", disse o CEO da Nii, Steve Shindler, em comunicado, dizendo que a empresa mostrou inaptidão em atingir a meta de crescimento de receita. Depois, culpa o impacto do ambiente macroeconômico "que está afetando toda a indústria wireless", assim como a desvalorização das moedas brasileira e argentina.

Com isso, a controladora está cada vez mais longe das metas prometidas no plano de recuperação para sair do Chapter 11. Shindler diz que está implantando "planos de contingência desenhados para nos ajudar a chegar a nossas metas de longo prazo", mas afirma que o foco é aumentar a base de 3G no Brasil e procurar estratégias para economizar e aumentar a lucratividade.

Resultados

A Nextel Brasil encerrou o trimestre com US$ 303,2 milhões em receita, queda de 29,32%. No semestre, a queda foi de 24,68%, total de US$ 643,8 milhões. As perdas no segmento foram de US$ 78,8 milhões no trimestre e US$ 75,2 milhões no semestre, aumento de 40,21% e recuo de 11,84%, respectivamente.

No país a operadora conta com 2,177 milhões de acessos em iDEN, recuo de 93,06%. O WCDMA mais do que dobrou e encerrou junho com 2,258 milhões de acessos. A empresa afirma que registrou 42,3 mil adições líquidas no trimestre e que contabilizou 59,3 mil migrações do rádio para o 3G. O churn ficou em 3,28% (contra 2,81% no ano anterior) e a receita média por usuário (ARPU) fechou junho em US$ 20 (US$ 10 a menos).

A operação total da Nii Holdings fechou o trimestre com US$ 420,8 milhões em receitas (recuo de 28,30%) e o semestre com US$ 883,2 milhões (queda de 23,96%). O prejuízo operacional foi de US$ 179 milhões e US$ 267,6 milhões no trimestre e semestre, respectivamente.

 

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