| Publicada originalmente no Teletime | A operadora Algar Telecom publicou na noite da última terça-feira, 6, resultados operacionais do segundo trimestre de 2024. Apesar de crescimento nas receitas, a empresa teve prejuízo de R$ 27 milhões no período.

Esse resultado, contudo, foi 24% menor que o prejuízo apurado pela Algar no mesmo período de 2023. A redução das perdas ocorreu após menor volume de despesas financeiras.

Já a receita líquida da Algar cresceu 3,5% em um ano, para R$ 699 milhões no trimestre encerrado em junho. Em seis meses a empresa soma faturamento de R$ 1,35 bilhão, alta de 2,9%.

A maior contribuição aos números vem do segmento de varejo (B2C). Aqui, a Algar cresceu 9,7% no segundo trimestre (para R$ 233 milhões) e 8,4% no acumulado de seis meses (R$ 462 mi). Enquanto o negócio de banda larga ao consumidor de varejo cresceu 12%, a telefonia móvel da operadora avançou 2,6%

Já no segmento corporativo (B2B), principal negócio da empresa, houve praticamente uma estabilidade: 0,6% de crescimento no segundo trimestre (para R$ 465 milhões) e +0,3% no semestre (R$ 935 mi).

Os chamados produtos TIC têm ajudado nos números do segmento B2B (esse segmento cresceu 21%), ao passo que as receitas da Algar com conectividade e telefonia móvel corporativa tiveram quedas de 6,2% e 10%.

A empresa aponta cenário de “liquidez estrangulada” entre clientes empresariais, com inadimplência alta e efeitos da recuperação econômica não sendo sentidos de forma imediata.

Ciclo estratégico da Algar Telecom

A margem Ebitda da Algar foi de 38% no trimestre e 40% nos seis primeiros meses de 2024, também indicou o balanço da empresa sediada em Uberlândia (MG).

O comando da Algar ainda destacou em mensagem da administração que o “ciclo estratégico atual está focado no aumento da eficiência operacional, racionalizando processos, e também na utilização de soluções digitais para reduzir custos e despesas”. No trimestre, os custos da empresa cresceram 3,9% e no semestre, 2,7%

“Estamos otimizando o uso do capital investido e o crescimento através da maximização da utilização da nossa infraestrutura existente”, prosseguiu a empresa – que teve relação capex operacional/receita líquida de 21,7% nos primeiros seis meses de 2024.

Apenas no segundo trimestre, foram investidos R$ 156 milhões, sendo 45% direcionados à ativação de clientes; 11% à telefonia móvel; 7% aos serviços de TIC e IoT; 23% (R$ 35,5 milhões) à manutenção das operações; e os outros 15% ao reforço das redes, TI, entre outros.

A Algar também citou sua transição de liderança, com Luiz Alexandre Garcia assumindo como CEO após 5 anos como presidente do Conselho de Administração da Algar. Ele sucedeu Jean Borges, “que exerceu a função de CEO de forma brilhante por 9 anos”, afirma a operadora, em mensagem da administração.

 

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