O pagamento por aproximação (via NFC) avança rapidamente no País e, em junho, chegou a representar 61,1% do total de transações presenciais. Em junho de 2021, o market share era de 14%. No mesmo mês de 2022, passou a 34%. E, em junho de 2023, chegou a 48%. Os dados são da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) e foram apresentados nesta quarta-feira, 7.

No primeiro semestre o valor total transacionado por NFC foi de R$ 644,2 bilhões, aumento de 53% na comparação com o 1S23, quando o pagamento por aproximação respondeu por R$ 421,2 bilhões.

O cartão de crédito foi responsável por R$ 361 bilhões (+56,1%); o de débito, R$ 172,1 bilhões (+52,5%); e o pré-pago, R$ 111,2 bilhões (+44,1%) no período.

Em volume de transações, o primeiro semestre registrou 10,8 bilhões, aumento de 40% na comparação com o mesmo período de 2023. São 60 milhões de transações por aproximação por dia ou 2,4 milhões de pagamentos via NFC por hora.

Entre os meios de pagamento por NFC, o cartão reina, com 78% da preferência, seguido de longe pelo celular (30%) e, na lanterna, pelo relógio (1%).

De acordo com a pesquisa Datafolha encomendada pela Abecs, dos brasileiros que pagam por aproximação, 63% pagam sempre ou quase sempre.

NFC; pagamento por aproximação

Evolução do pagamento via NFC. Imagem: reprodução/Abecs

Abecs e as compras não presenciais

As compras não presenciais – pela Internet e outros canais remotos, como aplicativos e carteiras digitais – alcançaram a marca de R$ 644 bilhões no período, incremento de 18,8% na comparação com o 1S23, quando atingiu R$ 387,5 bilhões.

O destaque das compras não presenciais foi o crescimento do uso do cartão de débito. Ao comparar com o primeiro semestre de 2019 (período pré-pandemia), por exemplo, o aumento foi de 430,3%. Já entre o 1S24 com o mesmo período do ano anterior, o incremento foi de 15,5%.

Pagamentos não presenciais

Dados de compras não presenciais. Imagem: reprodução

Além do NFC: números totais 2T24

No segundo trimestre, o valor total transacionado com cartões chegou a R$ 1 trilhão, incremento de 11%. O cartão de crédito foi responsável por R$ 662,7 bilhões (+14,2%); o débito por R$ 245 bilhões (+0,1%) e o pré-pago, R$ 93 bilhões (+22,1%).

No caso de quantidade de transações, o trimestre alcançou 11,2 bilhões (+9,2%). O cartão de crédito transacionou 4,8 bilhões (+11,6%), o de débito chegou a 4,1 bilhões (+2.6%) e o pré-pago, 2,3 bilhões (+17,8%).

Números totais do primeiro semestre de 2024

Ao todo, no semestre, o valor transacionado foi de R$ 2 trilhões, incremento de 11,2% ano contra ano, sendo o cartão de crédito sendo responsável por R$ 1,3 trilhão (+14%). O débito alcançou a marca de R$ 486,2 bilhões, leve declínio de 0,2% e o pré-pago chegou a R$ 181,5 bilhões.

O volume transacional também seguiu em ascensão no 1S24, chegando a 22,1 bilhões, incremento de 10,3%. O cartão de crédito transacionou 9,5 bilhões (+12,4%), o de débito 8,1 bilhões (2,8%) e o pré-pago, 4,4 bilhões (+21,5%). Ao todo, são 120 milhões de pagamentos por dia.