Um dos maiores problemas com os aplicativos de email para smartphone é o tempo que se perde quando se clica em um link dentro das mensagens, pois isso faz com que o telefone abra novos aplicativos, como o navegador, o Facebook, o Dropbox etc. Esse processo de troca de app e de abertura do conteúdo pode ser demorado e também frustrante, quando o conteúdo revelado não é interessante para o usuário. Para resolver essa questão, uma start-up israelense criou o SmartMail, um novo sofwtare de email que consegue exibir o conteúdo de links embutidos nas mensagens. Desta forma, o usuário tem uma pré-visualização do conteúdo sem ter que trocar de app. A empresa estima que isso poupe em média 30% do tempo que se gasta hoje em dia com email móvel.

O SmartMail será lançado até o final do ano em iOS e dois meses depois em Android. Funciona com qualquer conta IMAP4. O sistema está integrado aos APIs de vários serviços, como Facebook, Dropbox e Google Drive. Desta forma, exibe o conteúdo de arquivos ou páginas desses serviços diretamente no app e permite também tomar ações sem sair dali, como curtir ou compartilhar. No caso de websites, o servidor do SmartMail lê previamente a página para aonde o link direciona e revela seu conteúdo dentro do app. "Na prática temos dois sistemas rodando em nossa plataforma. Um toma conta de sites ou serviços genéricos, como páginas de grupos de mídia, notícias, portais etc. Através dele é possível ver BBC, CNN, YouTube, Vimeo, New York Times e até o Mobile Time", explica Eddie Nudel, CEO do SmartMail. "O outro sistema cuida dos serviços que requerem uma análise mais aprofundada, como Twitter. Facebook, Pinterest, Dropbox, Drive etc. Muito em breve vamos integrar seu calendário dentro do email de uma forma nunca antes vista", acrescenta.

Modelo de negócios

O SmartMail será gratuito para os usuários. A empresa quer licenciar sua solução para provedores de email que queiram incorporá-la aos seus apps. O pedido de patente foi submetido em oito mercados na Europa, Ásia e EUA. A SmartMail levantou US$ 420 mil de investidores-anjo e agora quer passar pela sua primeira rodada de investimento, na qual pretende receber US$ 3 milhões.

Questionado sobre o fato de os jovens não estarem mais usando email e de haver gente prevendo o fim desse canal de comunicação, Nudel responde: "O email não está morto, ao contrário. Várias pesquisas mostram que está crescendo. A questão é o público-alvo. Entre jovens abaixo de 25 anos, de fato, são os serviços de mensagens instantâneas que dominam. Mas quando esses jovens se formam na faculdade e entram para o seu primeiro emprego, eles passam a ter que usar email, queiram ou não, porque é a principal plataforma de comunicação no mundo dos negócios. E é por isso que continua crescendo." E ele aproveita para lembrar que na grande maioria dos outros serviços digitais, como redes sociais e sites de e-commerce, o email é exigido para cadastro e registro. Ou seja, o email não vai acabar tão cedo e é melhor que consigamos lidar de uma maneira mais eficiente com o grande volume de mensagens que recebemos em nossas caixas postais eletrônicas.

 

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