A Samsung apresentou nesta quarta-feira, 7, seu primeiro smartphone com tela flexível. Ainda sem nome comercial, o smartphone tem a tela chamada de Infinity Flex Display, uma tela que deixa o consumidor ter acesso a duas versões: uma tela de smartphone vertical quando dobrado, e uma tela de tablet 7,3 polegadas quando desdobrado.
Durante a Samsung Developer Conference (SDC) em São Francisco, Estados Unidos, Justin Denison, VP de produto na divisão de mobilidade da Samsung, disse que a introdução do Flex Display é um salto tecnológico na companhia, o estado da arte do trabalho de seus engenheiros.
Denison frisou que a novidade foi desenvolvida do “zero”. Disse que foi necessário substituir a camada de vidro usada nos smartphones por uma camada dobrável e adicionar um adesivo resistente, para garantir que a tela não descole.
De acordo com o executivo, a expectativa é de que o smartphone entre em produção massiva nos próximos meses. Outros detalhes, como preço e hardware do dispositivo flexível, não foram revelados.
Usabilidade
Já com relação ao uso, o chefe de usabilidade do Android, Glen Murphy, confirmou que o OS passará a suportar telas flexíveis e trabalhará junto à fabricante para desenvolver esse novo segmento mobile. Além disso, Murphy afirmou que o Android lançará em breve APIs para desenvolvimento de apps para smartphones do gênero. Por sua vez, Denison explicou que o smartphone pode trabalhar com até três apps simultaneamente quando estiver no modo tablet, uma vez que usa a nova interface intuitiva One UI.
One UI
Antes da apresentação do smartphone/tablet flexível, a Samsung mostrou sua nova interface intuitiva, a One UI. Criada para os smartphones S9, S9+, Note 9 e para o novo handset com Infinity Flex Display, essa solução tenta trazer uma navegação mais intuitiva para os usuários. Seu principal destaque está no fato de dividir a tela em duas partes: a de cima traz mensagens e alertas, enquanto a de baixo foca na navegação.
Jee Won Lee, designer sênior em UX na Samsung, explicou que as mudanças no UI acontecem devido ao aumento do tamanho da tela, e o constante uso do dedo por ela toda, transformando o consumidor em uma espécie de polvo ou pianista clássico, brincou. Lee disse ainda que a solução estará disponível para desenvolvedores em dezembro, mas apenas para EUA, Alemanha e Coreia do Sul. Posteriormente, a solução chegará a outros mercados, dando preferência para a Ásia.