Wi-Fi

Ilustração: Cecília Marins/Mobile Time

A Check Point espera que o 5G potencialize seus negócios nos próximos anos, inclusive em redes privativas. Em conversa com jornalistas especializados nesta terça-feira, 7, Eduardo Gonçalves, country manager da empresa de segurança cibernética no Brasil, explicou que o cenário atual das redes privativas no Brasil ainda vislumbra as grandes empresas, mas acredita que essa tecnologia deve chegar às pequenas e médias. Mas elas precisarão de segurança e proteção.

“Quanto às redes privativas, a gente ainda não vê tanto no Brasil. Certamente são empresas maiores que avançam neste segmento com LTE. Mas o que esperamos é que o 5G vai popularizar bastante esse conceito. As redes privativas vão sair das grandes empresas e chegarão às médias e pequenas empresas. Isso acontecerá, porque vai reduzir o custo de energia dos equipamentos que conectam 5G e o software vai ajudar na implantação. Quer dizer, não será tanto o hardware, mas o software o fator de implantação”, explicou o executivo, que antes da Check Point tem passagens no setor de telecomunicações.

Gonçalves afirmou que a companhia tem trabalhado para ofertar a mesma solução das grandes empresas para as pequenas e médias, em pacotes menores. E que esses serviços podem deixar a empresa mais segura durante a popularização do 5G.

“Quando falamos do mercado brasileiro, vemos muitas empresas PMEs fazendo soluções caseiras ou nada de segurança. Com a pandemia isso mudou. Mas um problema que ainda continua é que essas empresas não têm grandes orçamentos. Por isso, nosso portfólio tem grande potencial com esses clientes e será potencializado pela quinta geração”, prevê o executivo.

IoT

O country manager também explicou que a Check Point cresceu fortemente no segmento de Internet das Coisas em 2022, principalmente nas verticais de saúde e indústria. O motivo desse crescimento é a ausência de padrões de security by design (segurança desde o começo, na tradução livre do inglês) em muitas tecnologias de IoT já instaladas em fábricas e escritórios.

“Estamos crescendo muito em IoT neste ano. Por diversos motivos, mas principalmente por não existirem equipamentos de segurança  nativos. E esses equipamentos podem proporcionar brechas de segurança na rede local quando são conectados e ela”, explicou. “Nós (Check Point) temos solução para Internet das Coisas. Temos crescido bastante com um serviço que descobre automaticamente os devices que estão na rede. Nisso, descobrimos a existência de devices instalados em redes que estão há três, quatro anos, mas que nunca fizeram um upgrade de software. Isso é o básico do TI, mas não é normal do ponto de vista de operacional”, resumiu.

 

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