20191204 125755

Rodrigo Abreu, CEO da Oi, em 2019 (Crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

Publicado originalmente na Teletime | Para o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, a empresa cumpriu todas as pendências na recuperação judicial, mas as pendências sobre o preço final da venda da Oi Móvel para Claro, TIM e Vivo acabaram impedindo o fim do processo. O executivo argumenta que o papel da companhia já foi feito, e que o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, poderia encerrar a RJ a qualquer momento.

Em participação em uma live da Genial Investimentos nesta quarta-feira, 7, Abreu preferiu não arriscar estimar uma data para isso acontecer, porém, colocou a perspectiva da empresa. “Do nosso ponto de vista, cumprimos 100% das obrigações. Do ponto de vista formal, a análise está na mão do juiz, e ele poderia decretar o fim da recuperação judicial a qualquer tempo“, disse. “O que aconteceu ao longo dos últimos dois meses que trouxe um elemento adicional foi o ajuste de preço da Oi Móvel, que fazia parte do plano e está com uma parte retida em depósito judicial“, completou.

O presidente da Oi não deu atualizações sobre a arbitragem com a Claro, TIM e Vivo, nem estimou quando essa questão poderia estar resolvida. Mas reforçou que prestou todas as informações ao juízo da RJ, e ressaltou que “não depende mais da companhia” o fim do processo. Ele não mencionou também a venda das torres fixas para a Highline como um elemento a mais de complexidade.

Em novembro, a companhia afirmou que não haveria motivos para postergar a recuperação judicial, como pediam bancos credores.

Positivo

Em geral, a opinião de Abreu é que o processo de recuperação judicial tem sido positivo para a Oi, inclusive para “proteger a companhia em disputas como essa”. Mas também porque o entendimento é que se trata de um recurso legítimo para o soerguimento da operadora.

Tanto que ele comparou com grandes multinacionais que passaram por processos semelhantes no mercado norte-americano (onde há o Chapter 11). “GM, Hertz, American Airlines e United: todas passaram por um processo de recuperação judicial. É um instrumento válido, e todas elas se recuperaram. A empresa está protegida de pleitos judiciais e tem algumas proteções. Na sua gênese, ela tem sido um componente muito positivo para a empresa”, afirmou.

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!