A Samsung sentiu o impacto da crise do câmbio global e viu o seu lucro operacional crescer 15% no último trimestre de 2015, bem menor em relação aos 80% do ano anterior. Segundo o jornal The New York Times, a prévia do resultado financeiro mostra que a companhia sul-coreana está vulnerável com a baixa demanda global por eletrônicos – apesar de dominar os mercados de telas e dispositivos com chip e memória.

Em um curto material divulgado para a imprensa nesta sexta-feira, 8, a Samsung afirma que o lucro operacional consolidado registrou 6,1 milhões de wons no quatro trimestre de 2015 (US$ 5,1 bilhões na conversão atual do câmbio); o valor chegou a soma de 5,2 trilhões de wons em 2014.

Contudo, analistas relataram ao jornal uma preocupação em relação à queda nos lucros da empresa em 2016. Para eles, as mudanças no comando da companhia durante o terceiro de trimestre de 2015 – com a troca de sete executivos do alto escalão – pode resultar no fim da recuperação da empresa, que mal começou.

A Samsung sofreu nos últimos dois anos com a mudança no cenário de smartphones, que está com um ritmo bem menor de compra. Vale ressaltar que o impacto acontece não apenas pelos celulares da companhia, mas também pelos materiais – displays e chipsets – que a Samsung vende para outras fabricantes.

Pesa para a Samsung uma “mudança drástica” para aumentar o consumo no mercado de handsets. A empresa aposta em telas dobráveis e telefones com telas grandes (acima de 5 polegadas) para continuar no topo e lucrativa.

No entanto, a concorrência é pesada. Companhias chinesas como Huawei e Xiaomi, além da norte-americana Apple, abocanharam parte do mercado da Samsung em 2014 e 2015, em especial na China, como apontou o último relatório da IDC de outubro de 2015.

 

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