A Comissão da União Europeia analisará a compra da Shazam feita pela Apple. De acordo com nota do órgão, sete países da comunidade europeia (Áustria, Espanha, França, Islândia, Itália, Noruega e Suíça) pediram para a Comissão rever o acordo, uma vez que pode afetar a competição na região.

Coincidência ou não, a Áustria, que é conhecida como “Terra da Música” – apelido dado por ser o berço de Johannes Brahms, Wolfgang Amadeus Mozart, Johann Strauss, Anton Bruckner e tantos outros compositores –, pode ser o motivo para barrar um dos principais acordos na história recente da música.

Entenda o caso

O valor da transação entre a norte-americana Apple e a britânica Shazam não fere as regras da União Europeia sobre fusões que demandam investigações. No entanto, a soma (estimada em US$ 400 milhões, segundo sites internacionais) fere as regras de comércio da Áustria.

Com base em sua lei local e no artigo 22 da regulação de fusões entre empresas na Europa, o governo austríaco entrou com o pedido de averiguação. Em seguida, as outras seis nações pediram a investigação com base no pedido dos austríacos.

Por sua vez, a Comissão entendeu que existe um possível “efeito adverso” à área econômica da Europa. Agora, para dar prosseguimento às investigações, a Comissão da União Europeia enviará para a Apple uma notificação. Nela, o órgão regulador pedirá o acesso às informações sobre a aquisição da Shazam.

Compra

A aquisição da Shazam pela Apple ocorreu em dezembro de 2017 e pôde ser vista como um grande avanço para os dois lados. A Apple busca avançar na tecnologia de realidade aumentada para o Apple Music, uma solução que o Shazam tem. Por sua vez, o app de reconhecimento musical não encontrou um modelo de negócios viável em sua trajetória, uma vez que sua receita foi de apenas US$ 54 milhões em 2016.

 

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