Durante o mês de janeiro, as operadoras de telefonia móvel receberam 128 mil novos pedidos de bloqueio do acesso de aparelhos celulares às suas redes. Segundo informações do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), ao todo, 9,388 milhões de IMEIs (código de identificação) de aparelhos celulares estão registrados no Cadastro de Estações Móveis Impedidas (CEMI), banco de dados das prestadoras de telefonia móvel. O Sinditelebrasil também informa que o número de solicitações feitas no mês passado segue a média do período, estando ligeiramente abaixo do verificado em janeiro de 2017, que foi de 131 mil pedidos.
Funcionando desde o ano 2000, o CEMI cadastra o IMEI do celular, bloqueando o acesso desses aparelhos às redes das prestadoras móveis. Assim, o dispositivo não faz mais ligações e não permite nenhuma comunicação utilizando o pacote de dados móveis dessas redes do Brasil e de mais 57 prestadoras em 19 países com os quais as prestadoras brasileiras possuem acordo de integração.
Ao impedir o acesso desses celulares às redes, as operadoras não fazem nenhum tipo de intervenção no aparelho, e sim registram o IMEI, impedindo a comunicação de voz e de pacotes de dados contratados junto às prestadoras móveis. No entanto, o aparelho continua funcionando com aplicativos que se conectam à Internet por meio de outras redes, como Wi-Fi, sobre as quais as operadoras não têm ingerência.
Para fazer a solicitação à prestadora, o cliente deve entrar em contato com a sua operadora, informando dados pessoais que permitam sua identificação, como RG, CPF, endereço, etc. Se o cliente souber, também deve informar o IMEI, que é como se fosse o número do chassi do carro. Para descobrir o IMEI, basta digitar no teclado do aparelho *#06# e aparecerá um número na tela do celular. Para saber se um aparelho está registrado no CEMI, as prestadoras mantêm ainda um site para consulta.