| Publicada no Teletime | Em meio à turbulência com a Oi Móvel, o mercado móvel brasileiro de serviço de celular encerrou 2021 mantendo o crescimento observado desde o início da pandemia de Covid-19, segundo dados da Anatel. Mas, enquanto o 4G continua sendo de longe a tecnologia mais popular, presente em quatro de cada cinco smartphones, o mês de dezembro trouxe um importante marco para o setor, com as operadoras somadas superando o primeiro milhão de acessos no 5G DSS (que utiliza frequências do LTE com compartilhamento dinâmico).
Tudo mudou em dezembro, mas não apenas pela movimentação natural do mercado. A Anatel retificou números desde outubro, em especial com o 5G DSS. Dessa forma, os números de novembro, por exemplo, foram corrigidos de 629,5 mil para 974,7 mil acessos.
A principal razão para isso foi a reinclusão dos números da Claro nessa tecnologia, presumivelmente agora adotando a metodologia ditada pela agência para contabilizar acessos que estão na área de cobertura da rede 5G DSS. Com a nova revisão, essa tecnologia chegou a 1,21 milhão de linhas, um crescimento de 24,19% no mês, já considerando números revisados.
Como a Anatel só começou a contabilizar os dados dessa tecnologia em agosto, não é possível ter um retrato da evolução no ano. De toda forma, o crescimento tem sido exponencial: em agosto, quando só havia números da TIM, o 5G DSS contabilizava apenas 90,6 mil linhas. Essa operadora encerrou 2021 com 283,7 mil acessos, um avanço de 20,45% no comparativo mensal. Já a Claro apresentou o maior aumento comparado a novembro: de 32,07%, totalizando 455,7 mil linhas. A líder é a Vivo, com 470,9 mil chips com a tecnologia, crescimento de 19,52%.
Outras tecnologias
Apesar do avanço do 5G DSS, a tecnologia que domina com folga (mais de 78% do mercado, como se pode ver no gráfico abaixo) continua sendo o 4G, que acabou o ano com 197,216 milhões de acessos. Trata-se de um incremento de 13,51% comparado a dezembro de 2020. Curiosamente, o 3G caiu com a mesma proporção (-13,51%), totalizando 28,811 milhões de linhas. O 2G encerrou o ano com queda de 3,49%, total de 26,075 milhões. No comparativo mensal, todas as tecnologias mostraram crescimento, exceto o 2G (recuo de 4,54%).
Considerando a divisão por grupos no LTE, os provedores regionais (PPPs) foram os únicos a mostrar queda no ano: de 24,9%, totalizando 4,23 milhões de acessos. No mês, o recuo foi de 3,22%. É importante ressaltar que essa base tem apresentado subnotificações de forma constante, embora a diminuição seja uma tendência observada também nas revisões da Anatel.
É de se observar que os números da Claro apresentaram evolução mais discreta no comparativo mensal (0,11% de aumento), totalizando 52,675 milhões de acessos – novamente, já considerando a revisão da agência com a reclassificação de linhas para o 5G DSS. Ainda assim, no ano, a operadora – segunda colocada em participação de mercado – cresceu 21,5%.
Para a líder no 4G, a Vivo, 2021 encerrou com crescimento de 1,04% no mês e 10,56% no ano, totalizando 61,856 milhões de acessos. A TIM é a terceira colocada, fechando o ano com 46,314 milhões de acessos, avanço de 0,3% no mês e 10,16% no ano. Ainda com a operação móvel, a Oi cresceu 20,12% em 12 meses, totalizando 32,14 milhões de chips. Comparado a novembro, a tele aumentou 1,77%.
Total
O Brasil totalizou 253,314 milhões de acessos, encerrando o ano com um crescimento de 8,22% em relação a dezembro de 2020. Considerando apenas a diferença com novembro, o último mês do ano observou um aumento de 0,22%.
A maior parte do crescimento é atribuído ao pós-pago (o que inclui planos do tipo controle também), segmento que encerrou 2021 com uma base de 134,051 milhões de acessos. Isso representa um crescimento de 12,65% em um ano, e de 0,16% no comparativo com novembro. Já o pré-pago cresceu 3,64% no ano passado, totalizando 119,263 milhões de linhas.