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Ilustração: La Mandarina Dibujos/Mobile Time

O Disney+ (AndroidiOS) teve a sua primeira queda de usuários no mundo desde seu lançamento, em 2019. De acordo com o relatório financeiro divulgado nesta quarta-feira, 8, o serviço de streaming passou de 164 milhões para 162 milhões de assinantes, um recuo de 1% na comparação entre dezembro de 2022 e outubro do mesmo ano. O principal motivo foi a queda do número de assinantes de 6% na plataforma do estúdio para Índia e Sudeste Asiático, o Disney+Hotstar, saindo de 61 milhões para 57,5 milhões de usuários.

ARPU

Importante frisar, o incremento da assinatura no Hotstar+ trouxe à Disney o único crescimento de receita média por usuários (ARPU) no mês, 28%, ao saltar de US$ 0,58 para US$ 0,74, algo puxado pelo aumento de usuários no plano com publicidade. Nos EUA e Canadá caiu 2%, de US$ 5,83 para US$ 5,95. No resto mundo (excluindo a área do Hotstar) a queda foi de 4%, de US$ 5,83 para US$ 5,62. A companhia apontou que o recuo foi puxado no ARPU por um aumento no preço para o varejo na América do Norte e reflexos do câmbio. No geral, o ARPU do Disney+ subiu 1% com US$ 5,53 em dezembro de 2022 contra US$ 4,84 do trimestre anterior.

Operacional

O prejuízo operacional da área que abrange os streamings (direct-to-consumer ou D2C) aumentou de US$ 600 milhões no quarto trimestre de 2021 para US$ 1,1 bilhão um ano depois. Disney+ e o streaming Hulu tiveram aumento nos custos de produção e programação no quarto trimestre de 2022 e puxaram o aumento do prejuízo. O lado positivo foi a melhoria em outra plataforma, o ESPN+, que aumentou seus preços de assinatura.

Receita

Direct-to-consumer obteve uma receita de US$ 5,3 bilhões no quarto trimestre de 2022, 13% de aumento comparado aos US$ 4,7 bilhões do mesmo período em 2021. Dentro da divisão de mídia e entretenimento, no final do quarto trimestre de 2022, o D2C respondia por 35% do total da receita de US$ 14,7 bilhões, ante 49% do serviço de TV linear, que registrou US$ 7,5 bilhões, e US$ 2,4 bilhões da divisão de conteúdo, ou 16%.

Na comparação de mídia contra os parques de diversão, 67% da receita (US$ 14,7 bilhões) é com mídia e 45% (US$ 8,7 bilhões) vêm dos parques. No total, a Disney teve um aumento de 8% na receita com US$ 21 bilhões no quarto trimestre de 2022, em comparação a US$ 23 bilhões de um ano antes. E o lucro líquido aumentou 18%, passando de US$ 1,1 bilhão para 1,3 bilhão.

Demissões

O trimestre é o primeiro desde o retorno de Bob Iger como CEO. O executivo confirmou em conferência com analistas de mercado a demissão de 7 mil pessoas. Nas suas palavras, o corte tem como objetivo racionalizar o streaming e colocar a companhia na rota da lucratividade e crescimento sustentável.

 

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