MIcrosoft; Activision Blizzard

Jogos do portfólio da Activision Blizzard, dois deles podem passar por desinvestimento, Call of Duty e World of Warcraft (crédito: Microsoft)

A Autoridade de Competição e Mercado (CMA) do Reino Unido concluiu que a venda da Activision Blizzard para a Microsoft pode resultar em danos aos rivais e reveses aos gamers, como preços mais altos, menos opções de escolhas e pouca inovação. Como resultado, o regulador sugeriu possíveis remédios para aprovar a compra avaliada em US$ 68,7 bilhões.

A posição do regulador foi apresentada nesta quarta-feira, 8, após o término de uma investigação que ouviu líderes do mercado (inclusive competidores) e analisou mais de 3 milhões de documentos internos das duas equipes. Entre os remédios indicados estão:

  • Desinvestir na franquia Call of Duty, um dos principais sucessos do estúdio a ser adquirido;
  • Desinvestir da Activision para se livrar da franquia Call of Duty (neste caso, comprar as outras, como a Blizzard);
  • Desinvestir da Activision e da Blizzard para não ter as franquias Call of Duty e World of Warcraft (lembrando que ainda tem a King, do Candy Crush);
  • Cancelar a compra de vez.

Em suas ressalvas, a CMA demonstrou preocupação com controle que a Microsoft detém no mercado global de cloud gaming, estimado entre 60% e 70%, uma vez que possui o sistema de jogos online no Xbox, o sistema operacional Windows e uma das principais infraestruturas em nuvem, a Azure. Também demonstrou preocupação com o controle do mercado de consoles, uma vez que a compradora poderá restringir os jogos da Activision apenas à sua plataforma.

Vale dizer, o regulador só vai prosseguir com os pedidos de remédios após ouvir as partes sobre como os riscos à competição podem ser resolvidos. Agora, os interessados poderão se manifestar para o regulador até o dia 22 de fevereiro.

 

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