O acordo estratégico entre Nokia e Microsoft, firmado em 2011 para equipar os smartphones da fabricante finlandesa com o Windows Phone, implica no pagamento de royalties pelo uso do sistema operacional, variando de acordo com o número de aparelhos vendidos. Em contrapartida, a fabricante de software desembolsa a quantia de US$ 250 milhões a cada trimestre pelo suporte ao hardware da Nokia. Um documento protocolado na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, fornece os detalhes do acordo e revela que a Nokia passará a pagar mais do que recebe.

“Ao longo de todo o período do acordo, o montante total recebido pela Nokia deverá ultrapassar ligeiramente o valor total dos pagamentos mínimos de royalties que terá de fazer pelo uso do software", diz a fabricante finlandesa no documento, divulgado pelo blog All Things Digital. “Até agora, o montante recebido pela Nokia pelo suporte à plataforma excedeu os pagamentos de royalties mínimos feitos à Microsoft. Assim, para o restante do contrato, a partir deste ano o total de royalties mínimos de software à Microsoft deve exceder um pouco o valor dos pagamentos de apoio à plataforma", explica a empresa.

Ou seja, a partir de agora, a Nokia irá desembolsar uma quantia superior à que recebe para equiparar a dívida. Conforme a nota, esse valor está na casa dos 500 milhões de euros (ou US$ 650 milhões, aproximadamente). A fabricante não revela se isso irá impactar nos resultados, a cada período, tendo em vista o momento delicado pelo qual a empresa atravessa, tentando se recuperar o mercado perdido pafra Apple e Samsung, conforme mostram dados do Gartner e IDC.

 

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