Vista como um dos grandes receios da indústria de pagamentos eletrônicos, a segurança tem na tokenização a chave para a proteção não só de usuários, mas das empresas, como afirma Mark Nelsen, VP sênior global de risco da Visa.
“No futuro, as entidades que armazenam os dados dos usuários serão alvos de hackers e organizações fraudulentas”, afirmou o executivo em entrevista a este noticiário. “Os dados de pagamentos são uma forma dos criminosos conseguirem fraudar as empresas. Precisamos entregar tecnologias que possam proteger as empresas e os usuários. O conceito da tokenização é a chave para isso”.
A tecnologia é vista também como uma porta de entrada para novas empresas, como as carteiras virtuais, acredita Valério Murta, VP de Produtos da MasterCard no Cone Sul. No entanto, o executivo brasileiro alerta para a falta de padronização no setor.
“Ter um padrão é muito bom, é muito mais fácil de massificar o uso. O padrão vai ter que existir em algum momento, mas isso tudo é um processo evolutivo”, disse Murta durante um painel de tokenização do Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamentos (CMEP). “Mas aqui, ainda estamos falando de vários devices que armazenam os tokens de maneiras diferentes. Por enquanto, ainda vai ser feito caso a caso”.
Problemas
Para o presidente da Elo Serviços, Eduardo Chedid, a padronização deve vir em pouco tempo, mas depederá de órgãos de padronização de pagamentos eletrônicos para criar o novo formato, como a EMVCo. Chedid ainda acredita que antes da tokenização há desafios que a indústria de pagamentos deve enfrentar para melhorar a adoção pelo usuário, como a transferência eletrônica de fundos (TEF) e ampliar o uso além dos smartphones da Samsung e da Apple