A Rocket.Chat é uma plataforma para comunicação colaborativa no ambiente de trabalho com interface para computador e  celular (Android, iOS) criada por uma start-up homônima de Porto Alegre e que já conta com mais de 200 mil instalações e aproximadamente 10 milhões de usuários registrados no mundo, sendo EUA e Alemanha os seus maiores mercados. Empresas como Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Deutsche Bahn, Red Hat e até a prefeitura de Barcelona estão entre os usuários da solução, que rivaliza com o Slack. E isso tudo foi conquistado em pouco mais de dois anos de lançamento do produto. Um dos segredos para o sucesso está no fato de ser um software de código aberto, que pode ser usado gratuitamente e reprogramado pelos seus usuários.

“Open source é uma maneira de provar o seu valor antes de cobrar. Usamos open source como motor de inovação”, diz Gabriel Engel, CEO e fundador da Rocket.Chat. “Começamos como uma alternativa ao Slack. Quem precisa rodar a solução internamente prefere a gente. E sendo código aberto você pode customizar à vontade a plataforma sem depender das limitações de um produto de terceiros”, relatou em conversa com Mobile Time na semana passada, durante o Mobile World Congress, em Barcelona, no stand da Softex.

Através da interface do Rocket.Chat é possível trocar mensagens de texto, enviar arquivos, realizar videoconferências etc. “É como se fosse um WhatsApp corporativo, mas a empresa tem total controle desde a aparência do sistema (branding, cores etc) até o local onde fica hospedado o servidor”, descreve Engel. Cerca de metade do tráfego do serviço advém de dispositivos móveis.

A monetização do Rocket.Chat atualmente provém da oferta de consultoria e suporte, para as empresas que demandam tais serviços. Uma versão premium será lançada em breve, com funcionalidades extras. Alem disso, em meados deste ano será aberto um marketplace oficial da plataforma, para que os desenvolvedores da comunidade possam publicar diversos plugins criados para o Rocket.Chat, incluindo também chatbots. A Rocket.Chat ficará com uma participação sobre as vendas realizadas no marketplace, tal como acontece em lojas de aplicativos, como Google Play e App Store.

Vale destacar que a Rocket.Chat recebeu no ano passado aporte de US$ 5 milhões de um fundo norte-americano especializado em investir em softwares código de aberto.