O número de redes privativas vai crescer de maneira exponencial no Brasil. É o que acredita Rodrigo Dienstmann, presidente da Ericsson para América do Sul. O aumento acontecerá para todos os tipos de redes, sejam elas desenvolvidas em parceria com as operadoras, SD-WAN/Wireless WAN ou híbridas.

Mas a escolha vai depender caso a caso, ou seja, a rede privativa deve atender às necessidades daquela empresa ou indústria. O agro, por exemplo, ainda não tem necessidade de avançar para redes privativas 5G. A rede LTE supre suas necessidades, diz o executivo. Já para a indústria, o 5G tem casos de uso que o 4G não cumpre, assim como o Wi-Fi. “Então, o 5G é crucial”, resumiu.

Dienstmann lembra que existem três tipos de redes privadas, basicamente, e que todas vão crescer:

– aquela que usa a rede da operadora como um todo. Faz um SD-WAN (rede de longa distância definida por software) ou Wireless WAN;

– rede privativa híbrida, com uso do espectro da operadora dentro do chão de fábrica (é o caso da Nestlé).

– rede privativa com frequência própria. Quando a empresa, por exemplo, um porto ou uma mineradora, compra uma frequência industrial e faz a própria infraestrutura.

“As três estão crescendo de forma exponencial. Mas o que segura a velocidade (de implementação) é que os projetos de automação industrial têm um ciclo longo de planejamento. Você passa por aplicações, dispositivos, sensores, o que às vezes retarda as decisões”, explica.

“Temos um caso de uso em uma superfábrica de automóveis na Alemanha onde a rede 5G aumentou a produção em 20% da fabricação de carros”, comentou o executivo durante coletiva com a imprensa especializada nesta sexta-feira, 8.

 

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