A mLearn, startup produtora de conteúdo para a qualificação e a aprendizagem por meio de dispositivos móveis, está com novo CEO, Rômulo Abdalla. Com experiência de 20 anos nas áreas comercial, de marketing e desenvolvimento de negócios, Abdalla terá três desafios principais: aumentar em 40% o faturamento da empresa até dezembro de 2019, expandir os negócios com foco no público B2B e desenvolver novos produtos e tecnologias. Ricardo Drummond, antigo CEO da empresa, passa a ocupar o cargo de diretor financeiro (CFO). Em conversa com Mobile Time, o executivo explicou como ele deverá apresentar esses resultados até o fim do ano. Disse que planeja usar inteligência artificial, em especial aprendizado de máquina, em seus produtos, além de realidade mista e 3D. O objetivo é entender melhor o perfil do aluno e adaptar o tipo de conteúdo a ele.

Rômulo Abdalla Foto Divulgação

Rômulo Abdalla, novo CEO da mLearn

“Podemos analisar como essa pessoa é, suas preferências e enviar o conteúdo em suportes adequados a ela, para que se sinta mais à vontade. Por exemplo, se ela aprende melhor com vídeos, a inteligência artificial vai direcionar mais vídeos para ela sobre aquele conteúdo. Já para quem é mais eficiente com textos, mandamos mais textos, e por aí vai. A gente se adapta ao tipo de aprendizagem do aluno e não o contrário. Para isso, precisamos de dados e métricas”, explica o CEO. Para esse projeto a mLearn já possui uma equipe debruçada na inteligência artificial.

B2B

A mLearn contribuiu para o aperfeiçoamento profissional de 1 milhão de pessoas a partir de seu aplicativo, o Qualifica, onde estão todos os cursos oferecidos pela startup. E, para expandir e alcançar mais alunos, a empresa optou por crescer no segmento B2B. Em três meses no cargo, Abdalla fechou quatro contratos, sobre os quais não pode revelar detalhes por enquanto, mas que apontam para esse mercado, com produtos white label.

“Sempre que apresento a mLearn os empresários arregalam os olhos, encantados. Isso porque, de maneira rápida, podemos oferecer conteúdo de qualificação profissional para uma empresa. A aplicação neste caso é imediata”, conta. E não é à toa. Como o Qualifica possui mais de 50 cursos, com mais de 1 mil aulas, 2,5 mil exercícios, 350 vídeos e 300 podcasts, esse material pode ganhar a cara da empresa parceira em pouco tempo, tornando um produto white label.

Marketplace e realidade mista

O MBA lançado no início deste ano pela mLearn animou a startup. O CEO sonha em montar um marketplace com esses cursos até o final do ano. No entanto, Abdalla não deu mais detalhes sobre como seriam. O executivo pretende fazer cursos com foco em empreendedorismo com depoimentos de CEOs relatando suas experiências.

Para mais adiante, ainda sem previsão, Abdalla também espera desenvolver uma plataforma com conteúdo com realidade mista e 3D. “Esse tipo de tecnologia vai revolucionar muito o ensino, por exemplo, de medicina. No entanto, o CEO sabe que precisará esperar a rede de quinta geração se desenvolver no País. “A rede 5G vai viabilizar uma nova forma de ensino no Brasil e vai quebrar paradigmas.”

 

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