O PicPay (Android, iOS) lançou recentemente um chat para conversas entre seus usuários dentro do seu app. Em resposta por e-mail ao Mobile Time, o diretor de social da fintech, Luiz Fernando Diniz, explicou que a ideia da companhia é transformar as transações em conversas, de modo que ajude o usuário no uso contínuo e fluído da carteira digital.
“Diferentemente de outros aplicativos de mensageria, estamos transformando transações em conversas e oferecendo funções complementares aos serviços disponíveis no aplicativo”, afirmou. “As transações P2P já são o principal uso do PicPay, então, nossa expectativa é que toda essa base adote essa nova funcionalidade de forma muito rápida. São transações que naturalmente geram conversas, e a direct message vai desempenhar esse papel”, completou.
A solução está disponível para todos os clientes e funciona com conversas diretas antes e depois de um pagamento P2P. É possível, também, conversar com as lojas integradas à PicPay Store, marketplace do app. Por meio da janela de conversa, os usuários poderão acompanhar uma compra, solicitar uma troca ou devolução pela mensagem direta. Além disso, os algoritmos de inteligência artificial da plataforma ajudarão usuários a encontrarem com mais facilidade o que precisam no app e permitirão criar ofertas mais assertivas pelo chat.
“Nos próximos meses também será possível enviar mensagens de áudio, vídeo e fotos, além de dividir contas e criar grupos para vaquinhas. O PicPay é muito utilizado para transações P2P, ou seja, entre pessoas. Essas transações naturalmente já vão iniciar conversas entre os usuários, então, esperamos que sejam adotadas com rapidez”, explicou. “Ou seja, na hora de dividir a conta do jantar com um amigo, você recebe o aviso do valor devido, faz o pagamento pelo PicPay e o comprovante é gerado no próprio chat. Não é preciso usar outro aplicativo do banco para transferir o valor e mais outro app para enviar o comprovante”, concluiu.
Monetização
Sobre o processo de monetização com o chat, Diniz ressaltou que o social do PicPay “é uma frente de negócio que não gera receita por si só, mas tem um papel fundamental porque impulsiona todas as demais”, como wallet, marketplace financeiro, PicPay Store.
Contudo, o executivo explica que usuários socialmente ativos têm uma retenção maior, com 2,4 vezes mais chances de continuar usando o PicPay, além de movimentarem 53% mais no ecossistema. Em sua visão, essa retenção e o engajamento acontecem devido ao principal diferencial do PicPay, que é o efeito de rede. “Ou seja, quanto mais pessoas usam nosso aplicativo, mais valor somos capazes de gerar aos nossos usuários”, explicou.
Vantagens
Um dos diferenciais para o PicPay apostar em mensageria interna é a segurança. Diniz explicou que a integração de serviços financeiros em um aplicativo com “DNA social, como o PicPay” permite usar padrões de segurança equivalentes aos de uma instituição financeira na troca de mensagens, ou seja, “mais altos do que mensagerias convencionais”.
Outra vantagem que o PicPay deve explorar é o avanço do conceito de chat banking, algo que o diretor da fintech vê “mais em alta do que nunca”, alinhado ao fato que as pessoas buscam mais praticidade e menos burocracia. Deu como exemplo, o “uso do Pix como rede social”, como uma forma de comprovar a demanda da sociedade pela integração entre serviços financeiros e sociais.
“O PicPay já tinha essa leitura de mercado e foi pioneiro ao lançar o pagamento por QR Code, lá em 2012, em um aplicativo que reunia funções de rede social. Acreditamos que a união entre essas funcionalidades do nosso superapp vai facilitar o dia a dia e criar uma experiência ainda melhor para os usuários”, afirmou.