A receita operacional da Nii Holdings, controladora da Nextel, foi reduzida em 27,89% no comparativo anual, totalizando US$ 181 milhões no primeiro trimestre deste ano, de acordo com balanço financeiro divulgado pela empresa nesta terça, 8. Considerando as receitas apenas de serviços, a redução foi de 27,72%, fechando o período em US$ 176 milhões. Já a receita de handsets e acessórios caiu 33,33%, ficando em US$ 5 milhões.
A companhia conseguiu reduzir o prejuízo operacional no trimestre em 81,83%, fechando o período com resultado negativo de US$ 14,5 milhões. O prejuízo operacional ajustado antes de depreciação e amortização da Nextel foi de US$ 3,6 milhões, contra lucro operacional de US$ 12,4 milhões nos três primeiros meses de 2017. O prejuízo líquido atribuível à controladora foi de US$ 31,7 milhões, também uma redução (de 65,80%) comparado a 2017.
No operacional, a Nextel encerrou março com 3,254 milhões de acessos no total, queda de 1,04%. Do total, 3,023 milhões de linhas eram 3G e 4G, aumento de 5,19%. Já os acessos da rede iDEN foram reduzidos em 66,43% totalizando agora 230,4 mil linhas. A companhia afirma que houve 34,8 mil migrações da rede legada para a WCDMA/LTE, um aumento de 65,71% em relação às migrações no começo de 2017.
O churn da iDEN aumentou 4,15 pontos percentuais e em março era de 9,67%. Por outro lado, o da rede 3G/4G diminuiu 0,86 p.p., ficando em 2,37%. No geral, o churn da base caiu 0,69 p.p. e estava em 3,02% ao final do trimestre. A receita média por usuário (ARPU) caiu 19,05% e agora é US$ 17.
Desafios sem a iDEN
Em comunicado, o CEO da Nextel Brasil, Roberto Rittes, afirmou que a empresa ficou satisfeita com os resultados da base, especialmente com a redução do churn. Ressaltou melhora em indicadores de desempenho e esforços para melhorar o desempenho financeiro. “Olhando para o futuro, manteremos o foco na promoção de crescimento saudável da base de assinantes na plataforma 3G/4G. Esperamos que o desligamento de nossa rede iDEN, no segundo trimestre, terá algum impacto nos resultados, mas seguimos alinhados para atingir o guidance para o ano”, declarou.
Já o CEO da Nii Holdings, Dan Freiman, considerou que os resultados do primeiro trimestre representam um “momento de virada” para a empresa. “Retomamos o crescimento da base pela primeira vez em mais de dois anos e crescemos a receita de 3G/4G pela primeira vez em quatro trimestres”, disse, embora não tenha divulgado os números específicos de receita por segmento. Mas considera que, apesar disso, continua procurando reduzir custos em toda a companhia sem comprometer a qualidade do serviço.