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Tela de entrada no novo app da Veek

Após quase um ano do encerramento precoce da sua operação, a Veek está preparando o seu relançamento. Cerca de 650 pessoas se inscreveram para participar de um período de testes beta neste mês e a abertura comercial para o público em geral está prevista para junho, informa seu fundador Alberto Blanco, em entrevista para Mobile Time. A operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) havia suspendido sua operação em julho de 2019 por conta do rompimento da parceria com a Surf Telecom, que atua como agregadora de MVNOs conectada à rede da TIM. Agora, sua nova parceira é a Americanet, também ligada à rede da TIM. Outra novidade é a adoção de um plano focado somente no uso de WhatsApp. A expectativa da empresa é de conquistar 100 mil assinantes até o fim do ano.

Blanco rejeita o termo “MVNO”. Ele prefere classificar a Veek como uma “mobiletech”. Ele explica o conceito: “Mobiletech é uma empresa que quer reinventar o serviço de telefonia móvel baseado em tecnologia. Somos literalmente 100% virtuais, um exemplo dessa nova sociedade que vai surgir após a pandemia”.

Toda a experiência do usuário da Veek acontece por meio do seu aplicativo móvel, que será lançado em breve nas lojas de apps. Nele, o cliente solicita o envio do chip, inclusive pedindo a portabilidade do seu número atual, se desejar; compra recargas, com pagamento por cartão de crédito ou transferência bancária; tira dúvidas com um atendente virtual, em uma solução provida pela Take; e cancela seu plano em poucos cliques, sem precisar falar com ninguém. “Temos no app um botão de saída, para cancelamento da linha. E não temos área de retenção. Queremos com a gente somente quem queira ficar mesmo”, afirma o executivo.

Base da pirâmide

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Tela principal do app, com os dados do cliente

O público alvo da Veek são usuários que querem um relacionamento digital com sua operadora e que hoje gastam pouco em recarga porque usam o número basicamente para poder acessar certos serviços digitais, como Facebook e WhatsApp.

“Há mais de 100 milhões de contas de Facebook ativas no Brasil. E 20% delas acessam a rede social somente através de Wi-Fi. Essa pessoa precisa ter um número celular para acessar o Facebook. Estamos mirando nessa base da pirâmide, aquelas pessoas que só têm uma linha para ter o número. Esse cliente recebe ligações e SMS, mas não consegue fazer chamadas e nem enviar mensagens”, relata. “Em torno de 20% a 25% das bases de assinantes pré-pagos das operadoras são clientes com saldo zero. É esse cara que a gente quer”, completa.

Planos

Pensando nesse público, o plano mais básico da Veek custa R$ 15 por mês e dá acesso ilimitado ao WhatsApp, incluindo chamadas de voz e de vídeo, mas não permite a navegação ou chamadas na rede celular, nem o envio de SMS. Na prática, é como se fosse um plano de uso do WhatsApp no smartphone com tráfego de dados pela rede móvel.

Quem quiser realizar chamadas ou navegar na Internet pode comprar “gigacoins”, a moeda da Veek. Cada gigacoin equivale a 1 GB de franquia de dados. Enquanto tiver gigacoins, o cliente tem direito a chamadas telefônicas e SMS ilimitados. Os preços são: R$ 25 para 1 gigacoin; R$ 35 para três; R$ 50 para seis; e R$ 90 para 12. Os créditos valem por 30 dias, mas são mantidos e vão se acumulando se o usuário fizer novas recargas dentro desse prazo.

 

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