As operadoras móveis ainda não cumpriram a cautelar da Anatel para que forneçam seus perfis elétricos à Base Serviços, empresa que venceu licitações para a entrega de banda larga móvel às secretarias estaduais de educação de Alagoas e Amazonas. O imbróglio, aliás, está longe de acabar. No entender de fontes ouvidas por Mobile Time, o fornecimento do perfil elétrico não implica necessariamente na prestação do serviço de conectividade. Ou seja, as teles podem cumprir a cautelar fornecendo o perfil elétrico mas sem entregar junto a conectividade em suas redes.
O perfil elétrico é um código de programação inserido no chip neutro que permite o acesso às plataformas das operadoras. Porém, a ativação do chip na rede requer um acordo comercial prévio de venda dessa conectividade. Em suma, o chip neutro pode até ter os perfis elétricos das operadoras, mas não vai adiantar nada se não houver uma negociação para a sua ativação.
As referidas licitações são contestadas pelas operadoras móveis porque a Base Serviços não possui licença da Anatel para prestar o serviço de telefonia celular. Somente empresas com licença de Serviço Móvel Pessoal (SMP) podem fazê-lo. A Base Serviços, por sua vez, argumenta que não opera telefonia celular, mas que venderia um serviço de valor adicionado (SVA) sobre a rede móvel.