O presidente da Vivo, Christian Gebara, afirmou que a companhia ainda tem espaço para crescer no pré-pago com adição de valor via oferta de serviços e “melhor oferta de dados” para seus clientes. Em conferência com analistas para a divulgação do resultado do primeiro trimestre nesta quarta-feira, 8, o executivo afirmou que a operadora pode vender mais e seguir crescendo nesta categoria.

Gebara afirmou que vê uma “tendência positiva” na receita de serviços móveis com a adição líquida de novos usuários no pós-pago, mas também com o potencial de migração de usuários do pré-pago para o controle, do controle para o pós-pago e do pós-pago para o Vivo Total, o plano que combina pós-pago móvel com a Internet em casa, que colaborou para o aumento das receitas no móvel.

As dúvidas do mercado sobre um possível teto/limite das operadoras na oferta do pré-pago surgiram com a queda de adições líquidas da Vivo e de sua rival TIM neste trimestre, em contrapartida, ambas as empresas tiveram aumento no pós-pago.

Resultados

A Vivo teve uma queda de 5,7% de acessos móveis de clientes pré-pagos com 37 milhões de conexões no primeiro trimestre de 2024 contra 39 milhões um ano antes. E, em dezembro do ano passado, a companhia aumentou os valores de recarga semanal de R$ 15 para R$ 17.

Por sua vez, o pós-pago cresceu de 58,8 milhões para 62,5 milhões, alta de 6,5%. A migração de usuário do plano híbrido (controle) para o pós-pago puro aumentou 76% na comparação ano a ano e a receita média por usuário cresceu de R$ 27 para R$ 29, um aumento de 8%. O churn caiu de 1,1% para 0,9%.

Ao todo, a Vivo registrou 62,6 milhões de acessos no pós-pago e 99,7 milhões de acessos móveis no todo. A receita do pós-pago cresceu 11%, de R$ 6,4 bilhões para R$ 7,2 bilhões, mas teve leve queda de 0,1% no pré-pago de R$ 1,51 bilhão para R$ 1,509 bilhão.

Vivo Total

O Vivo Total foi um dos principais destaques da operadora neste primeiro trimestre de 2024, uma vez que mais que dobrou (111%) a base com 1,5 milhão de clientes, ante 700 mil de um ano antes e tem menos churn (1 ponto percentual) que os clientes de fibra ótica sem plano móvel.

Gebara também afirmou que há potencial de crescimento de receita com a oferta de serviços over-the-top (OTTs) e instalação de dispositivos conectados para a casa dos seus clientes.

Vale dizer, a companhia fará um reajuste nos valores do plano Total no mês junho.

Novas frentes de negócios

Seguindo as normativas apresentadas no Vivo Day deste ano, Gebara também apresentou a receita por novos linhas de negócios B2B (cibersegurança, soluções digitais, IoT e mensageria e nuvem) e B2C (dispositivos eletrônicos, serviços financeiros e OTTs) que juntas já representam 9% dos R$ 13 bilhões do faturamento total da empresa.

Os novos negócios em B2C já representam 2,5% da receita total com consumidores, R$ 1,3 bilhão de R$ 40,5 bilhões, além de 0,5% da receita total da Vivo que foi de R$ 13,5 bilhões no trimestre. O destaque aqui é o Vivo Money que cresceu 75% sua carteira de crédito na comparação com o primeiro trimestre de 2023, saltando de R$ 240 milhões para R$ 420 milhões. Também vale frisar que a companhia aumentou em 13% os assinantes de serviços OTT, de 2,4 milhões para 2,7 milhões.

No B2B, o faturamento de R$ 3,5 bilhões dos novos negócios é 31,5% do total de R$ 11 bilhões da receita B2B e 6,5% da receita total. De acordo com Gebara, o destaque aqui foram as redes privativas para os clientes. Embora não tenha revelado quantas redes, vale dizer que a divisão de IoT teve um aumento de 27%, de R$ 759 milhões para R$ 950 milhões.

 

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