O governo da Coreia do Sul vai rastrear por smartphone os pacientes que podem ter contraído a doença altamente contagiosa Síndrome Respiratória do Oriente Médio (do inglês "Middle East Respiratory Sindrome" ou "MERS"). O intuito é evitar que os doentes, em quarentena domiciliar, deixem suas casas, transmitam a doença para outras pessoas e criem uma epidemia.

"Isto é uma medida inevitável que devemos tomar, pelo bem de nossas famílias e vizinhos", disse o primeiro-ministro interino Choi Kyung-kwan. Ao todo, seis sul-coreanos morreram e 87 pessoas foram diagnosticadas com a síndrome, que tem quadro sintomático similar a uma gripe. Outras 2,3 mil pessoas estão em quarentena domiciliar naquele país.

Provável alvo de críticas por ser, em teoria, uma invasão de privacidade, o governo do país asiático não esclareceu se recebeu ajuda das operadoras de telefonia para rastrear os pacientes, apenas afirmou que o sistema de rastreamento foi criado por oficiais da área de saúde e de órgãos locais.

Sobre a MERS

A MERS é causada por um vírus coronário e teve seu primeiro caso na Arábia Saudita em abril de 2012. Entre os sintomas estão, febre acima de 38º C, tosse, dificuldade para respirar e respiração curta. Desde 2012, mais de 1.142 casos foram diagnosticados em 23 países do Oriente Médio, Ásia, África, Europa e na América do Norte, com 465 mortos.

 

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