"A Internet não é movida a nostalgia, mas a novidade. Muitas empresas tentaram voltar depois de terem feito sucesso no passado. O MySpace foi uma delas. ", disse Luiz Felipe Barros, country manager do Viber no Brasil, diante da notícia da volta do ICQ, agora adaptado a mobilidade. Com um serviço de mensagens instantâneas, chamadas telefônicas e video-chamadas, o ICQ pretende concorrer com WhatsApp, Viber e Skype, principais players desse mercado.
Barros também criticou o uso de SMS pirata pelo ICQ para a entrega de mensagens a não usuários do app: "Isso gera dois problemas para o ICQ. O primeiro diz respeito à experiência do usuário, porque a mensagem recebida não vem do número telefônico do remetente. Isso cria uma ruptura na experiência. E o segundo problema é de ordem regulatória."
O executivo do Viber lembra que o uso do SMS é comum em serviços de mensagens instantâneas para a validação do número telefônico apresentado pelo usuário no cadastro do aplicativo. Mas isso tem um custo e este não é baixo, especialmente se forem usados brokers homologados. No caso do ICQ, além da validação por SMS, o serviço está entregando mensagens para não usuários via SMS. No entender de Barros, dificilmente isso será mantido de graça por muito tempo. Ele cita o exemplo do próprio Viber, que alguns meses atrás ofereceu completar de graça chamadas de voz na rede telefônica fixa pública. Neste caso era uma promoção, com duração limitada e assim divulgada.
Por fim, o CEO do Viber não acredita que o ICQ será sustentado apenas pela venda de stickers. "Isso não garante uma rentabilidade relevante", afirma. A expectativa é de que o ICQ desenvolva outras fontes de receita, como chamadas VoIP para números fixos e móveis, publicidade e games.