CIOs de 150 grandes empresas inovadoras do País reivindicaram, nesta sexta-feira, 8, ao presidente interino, Michel Temer, e ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, o resgate da Lei do Bem. “A legislação já existe, o governo passado já tentou reduzir seus efeitos, não foi aprovado. O que nós estamos propondo são melhorias nesse projeto”, ressaltou o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade.
Uma das alterações propostas é a possibilidade de as empresas inovadoras usufruírem dos benefícios da Lei do Bem na contratação de serviços no Brasil e no exterior. “Hoje é muito normal que as empresas que estão inovando contratem serviços de institutos de pesquisas ou de centros de inovação no exterior. É um incentivo, mas nós precisamos ter esse incentivo no Brasil, principalmente na primeira fase de pesquisa, chamada de pré-competitiva, que é uma fase muito incentivada no mundo inteiro pelos governos, porque as empresas e pesquisadores correm muitos riscos e não têm certeza se a pesquisa trará resultados”, argumentou Andrade.
Outra reivindicação dos empresários diz respeito ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que demora em média 11 anos para aprovar uma patente, enquanto nos outros países esse prazo é de três anos. O presidente da CNI disse que Temer e Kassab se comprometeram a trabalhar em conjunto com os empresários para construir uma agenda desenvolvimento e de estratégia de crescimento das empresas brasileiras.
A reunião, na sede da CNI, foi fechada.