Com mais de 305 milhões de contratos de serviços ativos, de que forma o setor de telecomunicações se comportou durante a pandemia? Para responder a esta pergunta, a Anatel divulgou nesta quarta-feira, 8, a segunda edição do Relatório Analítico do Impacto da Pandemia de Covid-19 no Setor de Telecomunicações no Brasil. O documento aponta que a telefonia móvel cresceu 6,8% em 12 meses pós março de 2020.

O tráfego médio de dados do serviço móvel mereceu atenção dos analistas, pois teve um aumento de 10% de março a outubro de 2020. O tipo de pagamento também mudou: em março de 2021 os acessos tipo pós-pagos eram cerca de 125 milhões, e pré-pagos aproximadamente 115 milhões de acessos.

O relatório dividiu as reações do setor de telecomunicações em três partes: a primeira foi a fase de “emergência” (que durou cerca de 6 meses a contar do início da crise); o segundo estágio foi chamado de “recuperação ou reação” (que abrange de 6 a 18 meses em relação à crise), e a fase do “novo normal”, estimada a partir de 18 meses do início da crise. Nesta terceira fase, a Anatel coloca algumas previsões de demandas do setor, entre elas “uma ampla adoção de aplicativos de rastreamento de contatos e medidas de mitigação digital do coronavírus”. “A utilidade e uso destes aplicativos e certificados digitais de saúde poderão decair à medida que a pandemia retroceder”, diz o relatório.

O documento apresenta, no final, uma análise de especialistas da agência sobre o período. “A pandemia deixou muitas lições, a mais óbvia foi a de destacar a importância e transversalidade das redes de telecomunicações na vida das pessoas. Cabe por fim destacar que, para que a infraestrutura de telecomunicações funcione plenamente, ela deve vir acompanhada de políticas públicas que promovam o seu crescimento, que seja intersetorial e orquestrada, embasada em evidências e dados”, conclui o texto.

 

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