A IBM liberou três funções do Watson para serem usadas em nuvens privadas nesta segunda-feira, 8. Com isso, os clientes poderão colocar as seguintes soluções em seus servidores: Watson Assistant (assistente virtual, inclusive em português), Watson Speech-to-Text (converter fala para texto) e o Compare & Comply (contextualização de sentimento textual dos usuários).
De acordo com Marcelo Braga, VP da IBM Cloud no Brasil, esta solução era pedida por seus clientes há um bom tempo. No entanto, quando questionado se pretende liberar mais funções da plataforma para servidores de seus clientes, o executivo negou. Para ele, não faria sentido, devido ao volume massivo que precisam processar, como as soluções de reconhecimento de imagem.
“Nós conseguimos trazer alguns serviços para a casa do cliente. São APIs que o mercado pede”, disse Braga. “A vantagem é que para essas APIs não há um volume muito grande de dados. Elas (empresas) conseguem diminuir a latência, trazendo essas soluções para dentro de casa. Um banco pode ter, mas dentro de uma agência, por exemplo”.
Este pacote do Watson faz parte da IBM Cloud Private (ICP), uma solução de código aberto que traz recursos de nuvem para organizações que executam sistemas de TI em servidores próprios.
O VP da companhia vê essas soluções on-premise sendo mais aplicadas em clientes com capilaridade, como bancos, varejistas e drogarias: “Essa estrutura foi montada para ser leve. A ideia é que, por exemplo, um banco coloque isso como um hub para suas agências usarem no esclarecimento de dúvidas”.
Segundo Braga, no entanto, este tipo de solução não poderia ser utilizada no segmento de O2O (online-to-offline), já que, para ele, ainda faz sentido para as empresas de apps terem soluções na nuvem, devido à escalabilidade e volume de dados em seus negócios.
O outro serviço apresentado no IBM Cloud Discovery é o IBM Trust & Transparency, uma solução que busca explicar os vieses (preconceitos, rótulos etc,) em inteligência artificial, reduzi-los e explicar como aquela IA chegou a determinada conclusão. Em ambos os casos, o modelo de negócios continua baseado em cobrança por uso de API.