A premissa de que jovens são clientes de bancos digitais e pessoas mais velhas ,de instituições financeiras tradicionais, não reflete a realidade. Esse foi o consenso do painel de abertura do Mobishop, evento organizado por Mobile Time nesta terça-feira, 8, em São Paulo. “Temos que evitar ageismos (discriminação etária)”, afirmou Paula Mazanék, diretora de negócios digitais do Banco do Brasil. “O banco digital não é só para o jovem. Isso é rotular pessoas e ser preconceituoso com o cliente”, completou a executiva. “Para nós, o importante é a personalização. Entender o consumidor e não fazer rotulação ou divisão de clientes”, disse.

Como exemplo, Mazánek disse que 70% das fraudes do BB acontecem por phishing e quem mais cai nesse tipo de fraude são os mais jovens.

Ainda assim, a líder de marketing do Trigg, Juliana Almeida, atentou que a segurança ainda é uma barreira para usuários mais velhos. Muitos têm receio em entrar numa plataforma digital de pagamento. Por outro lado, a fintech aposta na facilitação de serviços para atrair este público.

Perfis

O perfil do consumidor no banco digital também foi defendido por Chanes. De acordo com a gestora, é necessário pensar na mentalidade do jovem além das grandes regiões urbanas no País: “Quando nós falamos de jovens, temos que ir além de São Paulo, onde gastam com streaming, corrida de táxi e delivery. Tem muito jovem que trabalha para pagar as contas. Para eles, é muito menos a marca e mais o produto”.

Para, Jefferson Honorato, diretor do Next, tampouco se pode generalizar que o jovem é menos preocupado com segurança financeira que os mais velhos. “Temos um time de antropólogos, que atua em regiões abastadas e regiões com dificuldades financeiras. Hoje você tem 10 milhões de jovens com uma poupança média de R$ 42 mil no Brasil. Tem uma realidade na qual ele é destemido e usa a tecnologia, mas tem também o outro lado, mais conservador em investimento, por exemplo. Nosso papel é trazer essa segurança para eles conhecerem um CDB ou LCI”.

 

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