Após o Google ser acusado de acobertar e pagar bônus a executivos acusados de assédio sexual, o CEO da empresa, Sundar Pichai, apresentou uma carta a seus funcionários e que foi enviada para a imprensa nesta quinta-feira, 8. Nela, o executivo afirma que ele e a diretoria da empresa ficaram “sensibilizados” com os relatos das vítimas. Ele ainda pede “desculpas” e reconhece que a companhia precisa de “mudanças”.

Entre as alterações para tornar o Google um ambiente mais “representativo, igualitário e respeitoso”, Pichai afirma que: tornarão a arbitragem opcional em casos de assédio e violência sexual; oferecerão mais granularidade nas investigações por meio do relatório de investigações; os googlers que sofrerem alguns tipos de abusos serão acompanhados por uma pessoa de apoio, terão cuidados extras e aconselhamento antes, durante e depois do processo, e criarão um site com atendimento ao vivo para receber as denúncias; os funcionários serão obrigados a fazer o treinamento sobre assédio sexual; além de atualizações mensais sobre diversidade na empresa.

“Seguindo em frente, vamos dar maior transparência à forma como resolvemos essas questões. Vamos oferecer um suporte melhor e cuidar das pessoas que se manifestarem. Vamos dobrar nosso compromisso para oferecer um ambiente de trabalho representativo, igualitário e respeitoso”, escreveu o CEO.

Vale lembrar, o escândalo ganhou notoriedade após uma reportagem do New York Times revelar que pelos menos quatro executivos do alto escalão foram protegidos e beneficiados pelo Google. Entre os executivos está Andy Rubin, o criador do sistema operacional para dispositivos móveis Android.

 

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