Pix, open finance, drex e o processo de tokenização serão os pontos centrais da agenda de 2024 do Banco Central, disse Otávio Damaso, diretor de regulação do BC, durante sua participação no evento Innovation Xperience Conference, realizado em São Paulo, nesta quarta-feira, 8.
“O projeto do Pix é fruto de um trabalho de evolução que nós já estudávamos há um tempo como podíamos melhorar”, afirmou Damaso. Ele apontou que o Pix “é o sistema de pagamento instantâneo mais parrudo e eficiente do mundo” e comentou também sobre o interesse que outros países, principalmente da América do Sul, têm de conhecer e saber mais para poder fazer um projeto como esse de pagamento instantâneo.
Já o modelo de sistema financeiro aberto, em que é possível compartilhar informações financeiras dos brasileiros entre as instituições, mais conhecido como open finance, ainda está em curso, não sendo tão reconhecido como o Pix. Segundo Damaso, mesmo não tendo grande visibilidade, ele acredita que daqui a alguns anos as pessoas vão olhar para esse momento e se perguntar como a população não utilizava a plataforma.
Assim como o início da utilização do Pix, quando as pessoas ainda tinham receio, o diretor ressaltou que o processo do open finance será ainda mais lento, mas terá grandes benefícios para os seus clientes. “Ninguém queria o Pix, inclusive o adquirente não queria. Era uma coisa que simplificava para a sociedade, mas desafiava os incumbentes”, detalhou.
O drex terá um papel similar no próximo ano, avalia Damaso, onde a performance está longe, mas trará benefícios para as instituições, além de facilitar as transações do sistema financeiro.
Por fim, a tokenização de ativos tem grande potencial para transformar o sistema financeiro e dialoga com os outros três projetos citados anteriormente, em sua visão. Apesar disso, o executivo explicou que não tem ainda nenhuma agenda específica para este tópico.