O COO do iFood Pago, Thomas Barth, confirmou que a companhia está testando a solução de pagamento tap on phone em 50 restaurantes. Em conversa recente com Mobile Time, o executivo afirmou que os testes acontecem com um grupo controlado de comércios.

Barth explicou que o tap on phone é uma das soluções que ajudará a massificar a presença do iFood no offline, na dinâmica O2O (online-to-offline). Vale lembrar, a companhia está bem consolidada no online e recentemente chegou à marca de 100 milhões de pedidos mensais.

“O iFood tem uma penetração muito forte no delivery. Agora nós queremos fazer uma expansão para o offline. Ajudar a vender no salão e ser a real plataforma dos restaurantes”, completou o COO e responsável pelo ecossistema que engloba as soluções de pagamento e crédito da plataforma, inclusive a Zoop.

Gestão do restaurante no iFood

Neste processo de expansão para o salão do restaurante, Barth confirmou que o iFood vai lançar um software de gestão para os comerciantes. Batizado como Meu Caixa, a solução começa a ser disponibilizada a partir de 13 de novembro para todos os comércios com conta digital na plataforma: “É a gestão do restaurante na palma da mão. O Meu Caixa vai centralizar a administração de um restaurante em tempo real”, explicou.

Atualmente, o iFood Pago tem 150 mil contas digitais ativas. Em testes, o Meu Caixa está integrado a seis restaurantes que possuem a maquininha de cartão da companhia com a adquirente Adyen, a Maquinona.

Maquinona do iFood

O software de gestão do iFood era uma das etapas que, para Barth, faltavam para a Maquinona avançar. Ou seja, uma solução que integrasse o ponto de venda (PDV) do comerciante com a máquina. Executivo lembrou que há outras questões a serem resolvidas no POS:

  • A liberação dos vales-refeição, algo que depende dos restaurantes solicitarem de bandeira a bandeira;
  • E a jornada de ensino para o consumidor entender que ele pode receber recompensas do restaurante, como cashback e cupons de desconto, que são enviadas via WhatsApp e app do iFood Benefícios.

Porém, o COO explicou que independentemente das demandas e aprendizados até aqui, a integração da Maquinona com o software de gestão deve ser seu maior benefício. Sem falar em valores absolutos, Barth explicou que a Maquinona cresce 100% mês a mês. Vale lembrar que, em seu lançamento, o iFood informou que espera chegar a 50 mil máquinas ativas em março de 2025.

“Se fosse para entrar por maquininha, não valia. O mercado (de POS) é muito comoditizado. Eu preciso ajudar o restaurante a vender mais. Criamos uma camada de CRM para o restaurante junto com a Maquinona. O comerciante passa a saber quem são os clientes novos e antigos, oferece cupom e cashback”, disse durante o evento Casa Adyen na última quarta-feira, 6. “Na média, o nosso CRM ajuda a vender 8% a mais no salão (ante um restaurante sem), mas chega a ser maior se olharmos caso a caso. Tem um exemplo que é um restaurante de Belo Horizonte, o Coisa de Vó, que aumentou a venda em 40% no teste. Eles precisaram trocar o espaço físico”, concluiu.

Imagem principal, da esquerda para direita: Thomas Barth, iFood; Nicolas Cavallero, Adyen (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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