O setor de energia e serviços públicos (utilities) está passando por uma grande mudança, que afeta toda a cadeia, desde sua geração até a distribuição. Diante desse cenário, há um incentivo para repensar os modelos de negócios, principalmente em relação às fontes de energia renováveis, que passaram a ser uma alternativa e cada vez mais exigem o uso da computação em nuvem. “A nuvem é uma grande habilitadora da transformação e da inovação”, revelou Eduardo Kodama, líder de vendas de power & utilities no time da Amazon Web Services (AWS) setor público, em sua palestra “O Valor da Nuvem Pública para o setor de Energia”, no 5×5 Tec Summit nesta quarta-feira, 8.
“Hoje, fala-se muito na questão do 3D – descentralização, descarbonização e digitalização –, que é uma tendência, onde o cliente trabalha para buscar um futuro de energia limpa”, disse. Segundo Kodama, ao se aproximar das empresas de energia, a AWS sempre se pauta pela busca de soluções que proporcionem uma maior conexão entre as áreas de negócio e de TI. “Dentro do ecossistema de energia, na experiência com clientes, trabalhamos o conceito de machine learning, nos calls centers para ajudar na tomada de decisões. Também temos mecanismos de interação com voz, como a Alexia, que pode fazer um autoatendimento”, exemplificou.
A proposta de valor da AWS está nos dois lados: nas empresas de utilities e nos clientes. Há uma necessidade de melhorar o desempenho ambiental e manter baixos os custos aos consumidores. “Do lado das empresas de utilities, nosso propósito é ajudar empresas a aumentar a receitas, com uma TI mais estratégica, orientada a negócios e resultados, com conceito de energias renováveis dentro da estrutura de geração de energia das empresas. Pelo lado do consumidor, trabalhamos conceitos de redução de contas de energia, de smart home e smart building. Melhorar a experiência do cliente por meio da tecnologia e do comando de voz, além de dar um protagonismo maior ao cliente, criando a sua própria energia ao instalar placas solares na sua residência, destacou Kodama.
Processo de inovação
A Amazon.com e suas empresas criaram uma cultura de inovação que é muito explorada por outras. “O processo de inovação tem de estar dentro da empresa. Temos mecanismos que vão desde a contratação até aqueles que transformam processos de inovação. Empoderamos funcionários que trazem ideias. Dentro desse escopo, utilizamos serviços e arquitetura de nuvem. Com isso, você constrói uma organização que tenha o DNA de inovação”, explicou Kodama a receita de sucesso da AWS.
O Brasil é um mercado multimilionário para a inovação. Segundo dados da Mckinsey, 78% dos brasileiros estão conectados à Internet, seja por um serviço de mídia, como Netflix, contratando táxi ou utilizando iFood. O País está no ranking das empresas globais unicorns, empresas que se despontaram por processos inovativos. “Temos 11 empresas e cinco delas trabalham com a AWS, utilizando todo o potencial da nuvem”, disse Kodama.
A AWS, dentro do contexto de carbono zero e sustentabilidade, também tem trabalhado para atingir metas. São elas: eliminar o carbono até 2040; 100% de energia renováveis nos datas centers até 2025, as entregas com 50% menos de emissão de carbono até 2030. “Dentro do Acordo de Paris, queremos alcançar as metas 10 anos mais cedo”, revelou Kodama. A empresa oferece mais de 200 serviços a todas as indústrias e para todo o mundo.