A Diebold Nixdorf está estudando implementar o uso de biometria de reconhecimento facial em seus ATMs. A ideia é inserir uma camada extra de segurança. Atualmente, os caixas eletrônicos usam a biometria da palma da mão e a digital dos dedos. Segundo Matheus Neto, executivo de pré-vendas da Diebold Nixdorf, fabricante de ATMs, há uma discussão sobre a implementação desta nova camada de segurança, mas a biometria facial ainda não é totalmente segura. O executivo comentou sobre a novidade durante sua participação no dia dedicado às finanças do 5×5 TecSummit, evento organizado pelos sites Convergência Digital, Mobile Time, Telesíntese, Teletime e TI Inside.
“Estamos estudando a face (biometria facial), mas ela ainda não é totalmente segura, como a palm e a digital. Ela deve entrar como um segundo elemento. O hardware já existe, as câmeras estão lá nos ATMs. O que temos que trabalhar é basicamente o software para não precisar de mais câmeras”, explicou Neto.
Atualmente, o reconhecimento facial é bastante usado em aplicativos de banco, por exemplo, ou na plataforma Gov.br para identificar o usuário. Em muitos casos, para saber se é uma pessoa ou uma foto, pede-se que o usuário se vire, faça leves movimentos. No caso do uso da biometria facial, Neto acredita que, para liberar o uso do caixa eletrônico, esse movimento complica sua utilização.
“Nos testes que estamos fazendo, procuramos fazer o reconhecimento do cliente, mas também detectamos se tem alguém atrás dele, para evitar o ‘papagaio de pirata’. Há também a possibilidade de identificar que a pessoa que estava usando o ATM saiu e esqueceu de encerrar a transação. Neste caso, o próprio caixa eletrônico fecha a tela”, detalha Neto.