A versão do ChatGPT interno da Petrobras está disponível para todos os 100 mil funcionários e colaboradores externos da companhia. Batizada de ChatPetrobras, a solução funciona como um copiloto dos trabalhadores, explicou para Mobile Time, Rodrigo Panza, gerente de centro de excelência em analytics e IA na Petrobras.

Durante o GenAI Summit, evento organizado pela Deloitte na última quarta-feira, 7, o executivo afirmou que a ferramenta começou a ser usada em julho de 2023 por um grupo de 500 funcionários da estatal. A companhia passou a usar o GPT 3.5 Turbo, plugado direto à OpenAI, em um processo feito com a Deloitte.

O serviço está conectado na nuvem da Petrobras, mas não há contato com a rede externa. No ChatPetrobras, os trabalhadores usam a plataforma para tarefas de copiloto, como resumir texto, acertar o tom de um e-mail, traduzir informações do inglês para o português, estruturar dados de uma base (vide planilha), além de ajudar a codificar.

Também explicou que há diversos ganhos internos e que o volume de informações trafegadas está em “milhões de tokens”. Ainda assim, Panza reconhece que há desafios no uso, como ensinar aos funcionários e colaboradores da estatal que precisam checar informações, uma vez que existe o risco de alucinação em algumas respostas.

Paralelamente, a estatal está trabalhando na formação de profissionais de dados há anos e com isso acumula 6 mil analistas e 400 cientistas formados.

Futuro

O gerente da Petrobras afirmou que o ChatPetrobras é o começo da jornada da companhia com IA generativa. Mais adiante, a estatal quer avaliar como a tecnologia pode ajudar a identificar imagens sísmicas de fundo de mar, que são vitais para auxiliar nas perfurações feitas por plataformas de petróleo.

“Nossa indústria (óleo e gás) vai se transformar com baixo carbono. A IA generativa é muito nova. Ainda estamos entendendo os dados. Entendendo a sociedade. Ao mesmo tempo, os (produtores) árabes estão se mexendo, vendo o mercado para daqui a 30, 40 anos. Mas sabemos que o mundo é dependente de petróleo e carbono”, explicou durante o painel.

“A transformação da IA generativa é muito incerta para a indústria de óleo e gás, mas estamos investindo nisso e focando em casos de uso de backoffice. Somos uma indústria que investe bilhões de dólares, qualquer 2% de economia é um passo importante”, concluiu.

 

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