O Bard, primeiro chatbot com IA generativa do Google, foi rebatizado como Gemini. E este ganhou nesta semana uma versão em app para Android e iOS, disponível por enquanto apenas nos EUA. O aplicativo já superou a marca de 50 mil downloads na Google Play.
Além disso, o Google anunciou a criação de uma versão paga do Gemini, chamada de Gemini Advanced, que utiliza o modelo mais avançado de IA generativa desenvolvido pelo Google até agora, o Ultra 1.0, capaz de realizar tarefas “altamente complexas”, segundo a empresa. O serviço custa US$ 19,99 por mês, um centavo a menos que o ChatGPT Premium.
O Gemini é uma IA generativa multimodal, pois trabalha simultaneamente com texto, imagens e áudio.
Análise
Até agora, o Google está seguindo os passos da OpenAI, no que diz respeito à estratégia de negócios para a oferta de IA generativa ao grande público. A saber: criou um app móvel; lançou uma versão paga com maior capacidade; e botou o mesmo preço do concorrente. Só falta abrir seu motor para desenvolvedores e lançar uma loja como a GPT Store.
O Google, que, ao longo das duas últimas décadas, foi uma das empresas que liderou a inovação digital no mundo, agora age como uma “incumbente”. E, tal como qualquer incumbente, conta com a vantagem de ter uma enorme base instalada de clientes e um diversificado portfólio de serviços bastante maduros. O Gemini está sendo integrado aos produtos do Google, desde o buscador até o Gmail, passando por Google Workspace e Google Photos.
Para fazer frente a isso, a OpenAI, por sua vez, aposta na parceria com a Microsoft, sua principal acionista, que está integrando seu LLM em diversos produtos, incluindo o buscador Bing.
O Google se mexeu rápido. Agora falta ver como será a reação da Apple e dos players chineses. Quem não se posicionar vai ficar para trás.