A plataforma brasileira de comércio social Facily (Android, iOS) ultrapassou recentemente a marca de 1 milhão de downloads com menos de um ano de operação – o app foi lançado em meados do ano passado. A Facily funciona como um marketplace de produtos diversos cujo diferencial está em estimular compras coletivas e não cobrar comissão dos comerciantes, o que reduz o preço para o consumidor final.
A Facily conta hoje com mais de 20 mil produtos catalogados. A categoria mais forte em vendas é a de frutas e verduras. “Um terço do nosso volume de vendas vem dessa categoria. Estamos trazendo esses produtos para dentro da plataforma e oferecendo logística online. E o preço é muito melhor que em qualquer supermercado”, relata Diego Dzodan, fundador da Facily, em entrevista para Mobile Time.
Outra categoria que vem se destacando dentro da plataforma é a de produtos eletrônicos e acessórios de baixo custo, como capas de celular e similares. A comissão cobrada em outros marketplaces costuma inviabilizar a venda de produtos de baixo custo, o que não acontece na Facily, explica o executivo.
A startup opera hoje com seu catálogo completo em São Paulo e com parte dele no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. O prazo de entrega médio é de 36 horas. Para os pedidos feitos até às 18h, a meta é que sejam entregues no dia seguinte. Paralelamente, para baratear o processo logístico, a Facily tem investido em parcerias com lojas de bairro para que funcionem como pontos de retirada de produtos. Em São Paulo já são mais de 100, todas fora do centro da cidade, em regiões com mais problemas de entrega. “O custo logístico disso é incrivelmente baixo e acaba sendo similar aos custos de comercio eletrônico da China. Eliminamos o custo de frete para o usuário, que hoje é a maior barreira do comercio eletrônico no Brasil”, explica o executivo.
Monetização
O modelo de negócios da Facily será baseado na priorização de determinados comerciantes que pagarem por isso. Alguns dos modelos em estudo são a criação de um botão para a marca anunciante, com um catálogo com seus produtos, e/ou uma priorização na busca por palavras, com o comerciante sendo destacado nos resultados. “Temos feito uma série de testes com alguns parceiros mais próximos e constatamos que o modelo funciona, gera impacto positivo nas vendas, as conversões ficam maiores. Os parceiros estão interessados”, relata Dzodan. A expectativa é de que a monetização comece este ano.