TecnoSpeed

De acordo com a TecnoSpeed, a solução fornecerá uma conta transacional para o cliente, em parceria com a Matera, para que ele possa receber todas as suas vendas por Pix (foto/divulgação)

A TecnoSpeed, uma empresa de integração de software, lançou recentemente uma solução de pagamento por Pix em ponto de venda (PDV) de comerciantes. Batizado de TecnoPay, o serviço tem apoio da Matera e terá custo de R$ 0,99 por transação efetuada no comércio, como explica o CEO da empresa, Erik Almeida.

“A ideia é ser mais barato, como o BC instituiu no Pix. Será R$ 0,99 por estabelecimento por transação. Lógico, se passar R$ 10 sai caro (para o comerciante), mas se comparar, o crédito é mais caro”, explicou Almeida. “A ideia da solução é atender quem não tem cartão crédito, um público jovem que está acostumado com tecnologia digital, pois a transação é instantânea”, completa o CEO da TecnoSpeed.

De acordo com Almeida, sem a sua solução, o sistema de PDV não sabe se o Pix caiu na conta ou não. É preciso olhar no volante/canhoto para conferir. Na estratégia traçada pela companhia, o TecnoPay funciona em modelo de parceria com a Matera, criando uma conta com o estabelecimento em software houses parceiras integrando a solução da TecnoSpeed no caixa, inclusive com nota fiscal.

“A Matera entra com a conta, nós com a integração, e a software house com a oferta no PDV. A software house faz o convite para o estabelecimento. Nesse momento, a conta é só para Pix e acompanha tudo por aplicativo próprio do TecnoPay. O QR code é mostrado na tela do PDV ou em segundo monitor, ou impressão”, explica.

Neste formato, o alvo primário desse ecossistema são pequenos varejistas, como postos de gasolinas, mercados e farmácias: “Nós percebemos que o estabelecimento comercial está tendo dificuldade de se plugar ao Pix via integração de sistema. Hoje está muito restrito ao PJ nos apps de bancos. No caso do pequeno, precisa ir direto no gerente, pois há medo de pulverizar e o Pix é uma ameaça ao DOC e TED”, completa o CEO.

O lucro com as transações é dividido entre software house, integradora e Matera: “É uma maneira de ter recebíveis sem licenciamento direto com o estabelecimento e sem passar pelos bancos”, afirmou.

Próximas etapas

Na expectativa da TecnoSpeed, a abertura das contas com a Matera está em produção. O app será liberado neste mês de abril. Dito isso, a empresa trabalha uma integração com um grupo seleto de software houses, além de ter 85 desenvolvedores na fila de espera.

Mas a expectativa de Almeida é maior pela demanda do Pix entre os comerciantes: “Hoje atendemos 1,8 mil software houses no Brasil. Esperamos atender 10% desse total com a solução e registrar mais 2 mil contas até o final do ano. Com isso, nós esperamos transacionar R$ 1,5 milhão por mês na plataforma”, estima.

Para as próximas etapas, o TecnoPay deve entrar nas máquinas de adquirência, mas depende de negociações com os adquirentes. A empresa pretende criar uma opção do TecnoPay com o Pix a Prazo, a partir de liberação dessa modalidade pelo Banco Central para todo o setor. “ O Pix a prazo permite o agendamento do pagamento instantâneo para ‘X’ dias, o que competirá com o boleto. Com isso, nós podemos levar o TecnoPay para imobiliárias, por exemplo”.

 

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