Impulsionada pelo avanço no pós-pago, a TIM observou crescimento na receita e no lucro durante o primeiro trimestre, de acordo com dados do balanço financeiro divulgados na noite desta terça-feira, 8. A receita líquida aumentou 4,8%, encerrando o trimestre com R$ 4,139 bilhões. Desse total, a receita de serviços foi R$ 3,983 bilhões, um aumento de 6,4%. Enquanto isso, a operação móvel registrou receita de R$ 3,778 bilhões (crescimento de 6%), a fixa encerrou março com R$ 205 milhões, um avanço de 14,7%.
Ainda na móvel, a receita de interconexão caiu 13,2% e ficou em R$ 198 milhões. O recorte de receita “gerada pelo cliente”, que engloba voz (local e longa distância), dados e conteúdo, aumentou 6,6% no período e totalizou R$ 3,424 bilhões. Desse total, a receita com pacote de ofertas recorrentes avançou 40,2% e representou 75%, contra 56% no começo de 2017.
No primeiro trimestre, a receita média mensal por usuário (ARPU) foi de R$ 21,6, crescimento de 13,8%. No pré-pago, foi de R$ 11,4, avanço de 1,6%. Já no pós-pago foi de R$ 40, aumento de 3,4%.
No segmento fixo, a TIM Live cresceu 43,4% e R$ 85 milhões, o que equivale a uma participação de 41,5% na receita fixa, contra 33,2% no primeiro trimestre de 2017. A ARPU do serviço de FTTx para consumidor residencial da operadora foi de R$ 70,8, avanço de 12,5%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) normalizado aumentou 16,4% e fechou os três primeiros meses do ano com R$ 1,470 bilhão. O aumento foi justificado pelo crescimento das receitas e pela redução dos custos totais. A margem EBTIDA avançou 3,6 pontos percentuais e ficou em 35,5%, recorde da companhia para o período. Já o lucro líquido cresceu 89,1%, total de R$ 250 milhões. Segundo a TIM, houve mudança no mix das receitas, especialmente com os custos ligados à VU-M, o que causou impacto na margem.
Os custos de operação caíram 0,7% e ficaram em R$ 2,669 bilhões. Esse valor é normalizado pela venda de torres (impacto de R$ 220 mil no primeiro trimestre) e custos temporários (impacto positivo de R$ 133 mil no primeiro trimestre de 2017). O Capex da empresa caiu 3,5% e foi de R$ 646 milhões. Dos investimentos, 87% foram destinados à infraestrutura, especialmente rede de transporte, tecnologia 4G e TI. A empresa espera “acelerar o Capex durante o ano, conforme a implementação dos projetos aprovados no primeiro trimestre seja iniciada”.
A relação dívida líquida/EBTIDA foi de 0,46x no trimestre, contra 0,82 no 1T17. A dívida líquida encerrou março com total de R$ 2,819 bilhões, queda de R$ 1,554 bilhão frente ao primeiro trimestre do ano passado. O fluxo de caixa livre registrou crescimento e saiu do resultado negativo de R$ 1,354 bilhão para positivo de R$ 164 milhões, valores que excluem a licença de 700 MHz. O desempenho é justificado com redução de Capex e aumento de EBTIDA, além de capital de giro positivo em R$ 572 milhões por conta da postergação do pagamento do Fistel para o segundo trimestre.
Operacional
A TIM reduziu em 6,4% a base móvel, encerrando março com 57,894 milhões de contratos. Desses, 39,426 milhões (queda de 15,3%) eram de pré-pago, e 18,468 milhões de pós-pagos (crescimento de 20,5%). Do total, 29,546 milhões de linhas eram 4G, um crescimento de 49,9% no comparativo anual explicado pela migração de tecnologia, com usuários vindos do 3G (que foi reduzida em 37% e ficou em 17 milhões). Os smartphones atingiram penetração total de 82,1%, avanço de 8,5 p.p. comparado a março de 2017.
A companhia ainda registrou 739 mil acessos de telefonia fixa (avanço de 7,2%) e 411 mil de TIM Live (aumento de 27,4%). A tecnologia fixa-móvel (chamada pela empresa de WTTx) está disponível em 67 cidades, sendo 20 capitais.
Em março, a tele contava com 85,3 mil km de backbone e backhaul de fibra, avanço de 12%. A fibra até a residência (FTTH) cobre 203 mil homes-passed. Já a fibra até o gabinete (FTTc) está chegando a 3,3 milhões de homes-passed.
De acordo com a operadora, a tecnologia 4G chegou a 3.110 cidades em março, ou 92% da população urbana no Brasil. O número representa aumento anual de 135%. O LTE agora corresponde a 65% do tráfego na rede de dados, contra 39% no ano anterior. A companhia destaca ainda que tem a faixa de 700 MHz em 975 cidades, sendo 20 capitais, e que o serviço de voz em 4G (VoLTE) está em 1.445 cidades, sendo 22 capitais.