A Ericsson possui 45% do market share de redes 4G no Brasil. De acordo com a empresa, com a chegada da rede de quinta geração, essa participação não deve mudar por alguns motivos. Isso porque a Ericsson vem entregando seus equipamentos de rádio preparados para o 5G desde março de 2017, sendo preciso apenas atualização de software.

“A operação do Brasil vai muito bem. É importante dizer que o 5G não substitui o 4G. Ele vem para adicionar. Por isso, quando chegar a rede de quinta geração esse número não vai mudar”, afirmou Georgia Sbrana, vice-presidente de marketing, comunicação e relações institucionais da Ericsson para o Cone Sul. Sbrana também lembrou que o Brasil é o quinto mercado da Ericsson, como divulgado à época do resultado do balanço financeiro.

Durante evento realizado para a imprensa no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 9, os executivos da Ericsson também confirmaram que a empresa possui 18 contratos fechados no mundo para a elaboração da infraestrutura em 5G, sendo que cinco deles já estão em fase de implementação e uso, como nas teles dos Estados Unidos – Verizon, AT&T, T-Mobile. “Mas temos também outros 47 contratos em período de negociação em todo o mundo”, informou Paulo Bernardocki, diretor de redes da Ericsson para o Cone Sul.

Leilão no Brasil

No cenário brasileiro, a Ericsson já começou a conversar com as principais operadoras do mercado – Vivo, Oi, Claro e TIM – e alerta para que as teles comecem a pensar em estratégias para depois do leilão, que acontece em menos de um ano, em março de 2020. “É importante a gente conversar com as operadoras para antecipar os passos de preparação da rede para o 5G”, disse Bernardocki.

O diretor de redes não vê motivação da parte das operadoras em retardar o leilão ou adiar a implementação da infraestrutura do 5G. “Ao trazer o 5G o mais cedo possível, o ecossistema de inovação começa a acontecer no Brasil também. Traz um efeito econômico muito forte”, explicou o executivo.

 

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