Apesar da pressão do cenário macroeconômico, a Telefônica encerrou o primeiro trimestre de 2019 com crescimento nas receitas e sobretudo no lucro. Em seu balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 9, a companhia destacou que o resultado foi fruto da estratégia focada no maior retorno, especialmente com a fibra, o 4G e o segmento pós-pago.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) contábil (considerando efeitos da adoção do padrão IFRS 16) foi de R$ 4,360 bilhões, um aumento de 14,9%. A margem EBTIDA contábil foi de 39,7%, um avanço de 4,6 pontos percentuais. Considerando o resultado pro forma (sem efeitos do IFRS 16), o EBTIDA foi de R$ 3,903 bilhões, aumento de 2,9%, com a margem avançando 0,4 p.p. e ficando em 35,6%.

O lucro líquido contábil da companhia foi de R$ 1,342 bilhão, avanço de 22,2%. No resultado pro forma, foi de R$ 1,387 bilhão, aumento de 26,3%.

A receita operacional foi de R$ 10,975 bilhões no trimestre, um aumento de 1,7%. O segmento móvel teve receita líquida de R$ 7,081 bilhões, crescimento de 4,7%. Desse total, a receita de aparelhos foi de R$ 598 milhões, um crescimento de 55,1%.

A receita de serviço móvel aumentou 1,6% no trimestre e totalizou R$ 6,482 bilhões. Os dados e serviços digitais respondem por R$ 5,345 bilhões, avanço de 8%, resultado da estratégia da operadora focada no segmento. A companhia diz que contribuíram para isso a expansão do uso de dados e SVAs, além de maior penetração dos planos família. A representatividade do segmento na receita de serviço móvel aumentou 4,9 pontos percentuais e atualmente é de 82,4%. A receita de voz, por outro lado, caiu 20,8% e fechou março em R$ 1,133 bilhão.

A receita dos serviços fixos caiu 3,2% no período, encerrando março com R$ 3,894 bilhões. Desse total, a banda larga totalizou R$ 1,386 bilhão, um aumento de 12,6%. O serviço por fibra até a residência (FTTH) aumentou a receita em 49,6% no período, ficando em R$ 437 milhões. A Vivo destaca que os esforços direcionados à fibra, como a expansão para nove cidades somente no primeiro trimestre, permitiram esse aumento. Nas outras tecnologias, o aumento foi de 1,1%, total de R$ 949 milhões.

A TV por assinatura ficou sem variação no período, totalizando os mesmos R$ 471 milhões registrados no primeiro trimestre de 2018. Apesar da queda de outras tecnologias (de 18,5%, total de R$ 272 milhões), o IPTV aumentou 45,1% e mostrou receita de R$ 199 milhões. Ainda no segmento fixo, os dados corporativos e TI somaram R$ 616 milhões em receita, um acréscimo de 4,8%. A receita de voz caiu 18,4% e ficou em R$ 1,409 bilhão.

A Telefônica investiu R$ 1,696 bilhão entre janeiro e março, um aumento de 9,6% comparado ao mesmo período de 2018. Desse total, a maior parte foi para infraestrutura de rede, com aumento da cobertura e adoção de FTTH e expansão da cobertura 4G e 4,5G. Foram investidos R$ 1,514 bilhão, aumento de 9,5%. O Capex para tecnologia e sistemas de informação foi de R$ 160 milhões, incremento de 29,4%. Para produtos e serviços, canais, administrativo e outros, foram R$ 21 milhões, recuo de 47,6%.

O fluxo de caixa operacional contábil aumentou 18,6% e encerrou março em R$ 2,665 bilhões. Considerando o fluxo pro forma, foi de R$ 2,207 bilhões, recuo de 1,8%. A dívida líquida pro forma foi de R$ 1,279 bilhão, contra R$ 2,224 bilhões em dezembro do ano passado e R$ 3,084 bilhões em março. A relação dívida líquida/EBTIDA agora é de 0,07x, contra 0,12x em dezembro e 0,21x em março do ano passado.

Operacional

A Vivo contava em março com um total de 73,529 milhões de acessos, uma redução de 2,1% na base. Essa queda se deu por conta do pré-pago, que diminuiu 13,5% e ficou em 32,506 milhões de chips. Por outro lado, o pós-pago encerrou o trimestre com 41,023 milhões de acessos, um avanço de 9,4% – vale lembrar que é a maior base da operadora (55,8% do total), o que ainda não ocorria nos primeiros três meses de 2018. Do total de pós, 8,684 milhões eram de acessos M2M, um avanço de 30,1%.

A receita média por usuário mensal (ARPU) foi de R$ 29,5, avanço de 3,8%. No pós-pago “humano” foi de R$ 53,2 (crescimento de 1,6%), e no do M2M, R$ 2,9 (aumento de 10,4%). No pré-pago, o ARPU caiu 6,2% e ficou em R$ 12,1. O churn em geral aumentou 0,1 p.p. e ficou em 3,2%. No pós (sem considerar M2M), teve a mesma taxa de crescimento e ficou em 1,7%. No pré, o avanço foi de 0,5 p.p., encerrando o período em 5%. A cobertura 4,5G da operadora já chega a 1.022 cidades.

No serviço fixo, a Vivo somou no final do primeiro trimestre 21,565 milhões de acessos, uma redução de 5,5%. Essencialmente, a operadora só observou crescimento nos serviços baseados em fibra. A companhia chega com essa tecnologia a 130 cidades. Em geral, a banda larga fixa caiu 0,8%, totalizando 7,386 milhões de contratos. Desses, 5,352 milhões eram de tecnologias legadas (queda de 11,3%), especialmente xDSL. Por outro lado, os acessos FTTH subiram 44,1% e já somam 2,034 milhões.

A TV por assinatura recuou 4,4% e totalizou 1,522 milhão de contratos. O IPTV mostrou um crescimento naturalmente compatível com a base FTTH (à qual está atrelada), de 43,5%, totalizando 617 mil acessos. Nas outras tecnologias, a Vivo caiu 22,1% e ficou com 904 mil contratos. A empresa afirma que a redução vem da decisão estratégica de não priorizar a tecnologia DTH.

O ARPU da banda larga foi de R$ 62,2, avanço de 12,7%. Na TV por assinatura, aumentou 2,8% e ficou em R

 

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