| Publicada originalmente no Teletime | Nos primeiros três meses do ano, a Vivo reportou receita de R$ 12,72 bilhões, crescimento de 12,1% em comparação com o primeiro trimestre de 2022, quando já havia registrado um avanço recorde. Segundo balanço financeiro da companhia divulgado nesta terça-feira, 9, isso ocorreu por conta do desempenho do móvel pós-pago e da fibra.
Considerando as receitas core (excluindo serviços por cobre e TV por satélite – DTH), a receita da operadora cresceu 15,4%, totalizando R$ 11,87 bilhões. Neste universo, a receita core fixa (baseado em fibra) avançou 13% e ficou com R$ 3,05 bilhões. A receita não core caiu 20,5%, totalizando agora R$ 848 milhões.
Pelo fixo, a receita de FTTH foi de R$ 1,49 bilhão, um aumento de 17,7%. O FTTC caiu 46,2%, ficando em R$ 89 milhões, enquanto o IPTV caiu 2,4% e ficou em R$ 375 milhões. A receita de dados corporativos, TIC e outros foi de R$ 1,09 bilhão, resultado 23,9% acima do ano passado.
A companhia reporta ter chegado em março a 24,4 milhões de casas passadas, crescimento de 19% no comparativo anual. As casas efetivamente conectadas totalizaram 5,7 milhões, aumento de 17%.
No segmento móvel, a receita líquida foi R$ 8,82 bilhões, aumentando 16,3% no comparativo anual. Neste recorte, a venda de aparelhos chegou a R$ 854 milhões, aumento de 20,6%. Já a receita do serviço foi de R$ 7,97 bilhões, crescimento de 15,9%. O pós-pago (o que inclui M2M, placas, atacado e “outros”) cresceu 15,4%, encerrando o trimestre em R$ 6,46 bilhões, enquanto o pré-pago totalizou R$ 1,51 bilhão, avanço de 18%.
Lucro, investimento e dívida
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizou R$ 4,94 bilhões, um acréscimo de 9,6%. A empresa diz que o desempenho se refere ao crescimento das receitas totais, ainda que a depreciação e amortização tenha crescido também (6,1%). A margem EBITDA/Receita líquida foi de 38,9%, uma queda de 0,9 ponto percentual.
O lucro líquido consolidado no período foi de R$ 834,6 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 11,3%. Por sua vez, o fluxo de caixa livre aumentou 26,4%, totalizando R$ 3,13 bilhões.
A companhia ainda investiu R$ 1,69 bilhão (excluindo efeitos do padrão IFRS 16) no trimestre, recuo de 10,3%. A empresa diz que o Capex foi direcionado à rede móvel, com destaque para ativação do 5G em cidades com mais de 200 mil habitantes. A projeção de investimentos até o final do ano é de até R$ 9 bilhões.
Já a dívida líquida da empresa recuou pouco menos de R$ 3 bilhões comparado a dezembro de 2022, encerrando março deste ano em R$ 13,16 bilhões.