Existe uma tendência mundial, cada vez mais forte, para o uso crescente dos celulares do tipo smartphone nos pagamentos, em substituição ao modelo físico dos cartões de crédito ou débito. Mas, se de um lado existe o desejo dos emissores de acompanhar a tendência e oferecer também esse serviço aos seus clientes, há também uma preocupação com a segurança: onde ficam armazenadas as informações utilizadas nessas transações? O que acontecerá se o celular for roubado ou perdido e dados como o número do cartão caírem em mãos indevidas?
Para evitar estes riscos, empresas de tecnologia estão investindo no desenvolvimento de diferentes soluções. Um exemplo é Mobile Virtual Card (MVC), plataforma que cria um número virtual, semelhante ao de um cartão físico, mas válido apenas por poucos segundos e para uma determinada transação. Como desaparece em alguns instantes, o número não fica gravado no celular, evitando qualquer prejuízo para o emissor ou para o cliente, em caso de perda ou roubo do smartphone.
Para o consumidor, o uso do aplicativo facilita os pagamentos do dia-a-dia, pois permite que a transação seja realizada em poucos segundos, apenas aproximando o celular da máquina de cartão e digitando o seu código de segurança (“PIN”), por meio da tecnologia Near Field Communication (NFC). Com esse tipo de operação, em nenhum momento um número de cartão válido fica gravado no celular ou em seu chip.
Esse modelo já é utilizado em diferentes localidades do mundo, como em países da Europa e nos Estados Unidos. E o Brasil, embora ainda um iniciante, tem tudo para entrar de vez na era do pagamento mobile. Para termos uma ideia, cerca de 80% dos POS (máquinas de cartão) em uso no Brasil já contam com a tecnologia NFC.
E as possibilidades são infinitas: alguns aplicativos permitem ainda o uso em transações que não envolvem valores monetários, como milhagens, cupons e pontuações de programas de fidelidade. Vamos ficar atentos aos próximos passos do mercado. O desenvolvimento desse tipo de tecnologia vai permitir o avanço cada vez maior nas oportunidades abertas pelo crescente uso dos celulares inteligentes.