Em 2020, 10% de todas as vendas on-line realizadas no Brasil serão originadas em smartphones e tablets. Atualmente, a participação móvel é de 7%. E em 2011 era de apenas 2%. Para efeito de comparação, o share mobile no e-commerce mundial em 2015 foi de 13%. Os números fazem parte de um estudo realizado pela Euromonitor em parceria com a PayPal.

O e-commerce movimentou ao todo US$ 19,6 bilhões no Brasil em 2015 e deve chegar a US$ 28 bilhões em 2020. Portanto, a receita gerada por m-commerce, por sua vez, subirá de US$ 1,4 bilhão para US$ 2,8 bilhões nesse período.

O crescimento do comércio móvel será puxado pelo avanço da base de smartphones e do acesso à banda larga móvel no País. A Euromonitor prevê que a base brasileira de smartphones chegará a 70 milhões em 2020. E a penetração de banda larga móvel dentro desse grupo subirá dos atuais 59% para 66% nesse intervalo. Ao mesmo tempo, a gradual adaptação de sites do varejo para visualização no celular e o aumento da confiança do consumidor nos canais móveis também contribuirão para o crescimento do m-commerce.

Categorias de produtos

Na opinião de João Luiz Paschoal, consultor-chefe da Euromonitor, os consumidores tendem a concentrar compras de maior valor ou extraordinárias em desktops, enquanto aquelas de menor valor e rotineiras serão cada vez mais realizadas em smartphones. Isso se refletirá no share de algumas verticais dentro da receita total gerada por e-commerce no Brasil. A vertical de delivery de comida, por exemplo, deve subir de 11% para 14% a sua participação. E transportes vai passar de 13% para 14%. O share do varejo, por sua vez, deve cair de 65% para 59%.

 

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