|Publicado originalmente no Teletime| A tecnologia de banda larga fixa sem fio (FWA) via redes 5G no Brasil deve ser uma solução com baixa adoção no mercado nacional de Internet até 2030. De acordo com um relatório da GSMA Intelligence, essa tecnologia por aqui terá “baixa adoção”, com uma penetração de mercado de apenas 0,2% dos domicílios.

Na Áustria, esse mesmo índice de penetração de mercado do FWA 5G para 2030 beira os 31,9% de agregados familiares. Entre os 36 países analisados pelo estudo, o Brasil aparece com a menor projeção de mercado para o uso da tecnologia nos domicílios. Vizinha do Brasil, a Bolívia terá uma adoção na casa de 1,2%, segundo o estudo da GSMA.

Para alguns países mais desenvolvidos, a GSMA também espera uma baixa penetração de mercado para a banda larga fixa via 5G – ou seja, menos de 5% de adoção até o final de 2030. O Japão, por exemplo, aparece com apenas 0,5%. Já a Suíça aparece com 1,2%. Por outro lado, Nova Zelândia, Bulgária, Austrália e Estados Unidos devem ter alta taxa de adoção –  todos estes com bem mais que 10%.

O relatório da GSMA fez outro balanço sobre esse mercado. O estudo identificou que, até o primeiro trimestre de 2024, 131 provedores de serviços de banda larga fixa lançaram serviços comerciais de FWA baseados em 5G em 64 mercados. Além disso, 22 provedores de serviços de banda larga fixa anunciaram planos para lançar serviços de FWA baseados em 5G.

Banda larga cresce

Mesmo com o baixo protagonismo esperado pela GSMA em relação à presença do FWA 5G nas casas dos brasileiros, a banda larga fixa (usando outras tecnologias, como fibra óptica) no Brasil ainda vai crescer. O mesmo relatório indica que, até o final de 2030, 76% das unidades agregadas familiares (domicílios) por aqui terão banda larga fixa. Isso representa um salto de 7 pontos percentuais entre 2023 e o final desta década.

No entanto, entre os 36 mercados analisados, a porcentagem de domicílios atendidos por banda larga fixa (independentemente da tecnologia adotada) no Brasil é uma das mais baixas. O Brasil até fica bem acima da Rússia (53%), da Indonésia (25%) e da Índia (20%) – mas abaixo das taxas superiores a 95% de países da Europa.

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!