A Open Labs é conhecida pelos seus sistemas de OSS e BSS que são usados por 15 operadoras ao redor do mundo, incluindo duas grandes do Brasil, e gerenciam mais de 250 milhões de assinantes. Mas a empresa tem como objetivo neste ano diversificar seu portfólio e, para isso, tem apostado em uma plataforma de streaming, batizada de Open Play. Ela já é utilizada por cinco operadoras de telecom no mundo, dentre as quais uma localizada no Brasil. O alvo agora são provedores de acesso no interior do País, diz João Paulo Firmeza, diretor presidente da Open Labs, em entrevista para Mobile Time.
“Estamos trabalhando fortemente nisso. Há muitos ISPs interessados. A questão não é tecnológica, mas de acordos de conteúdo”, comentou. Enquanto no lado das operadoras de telecom essa parte é facilitada pelo fato de muitas já terem um serviço de TV por assinatura, no caso dos provedores é mais complicado. Em razão de a maioria ser de pequeno porte, é difícil conseguir firmar acordos com as programadoras rapidamente. Uma das alternativas estudadas seria envolver uma entidade que reúna os provedores e possa representá-los em uma negociação.
O modelo de negócios da Open Labs para a sua plataforma de streaming é de compartilhamento de receita. Ou seja, o cliente não precisa investir na aquisição da solução, mas repassa parte do faturamento para o fornecedor.
A plataforma de streaming da Open Labs agrega conteúdo de TV ao vivo, vídeo sob demanda e conteúdo gerado pelo usuário. Além disso, suporta recursos como time shifting, single sign on e deep link.
Balanço
Atualmente, cerca de 60% da receita da Open Labs provêm de sistemas de OSS e BSS; 30%, da plataforma de streaming; e 10%, de outros serviços, como gerenciamento de campanhas de mobile marketing das operadoras móveis.
“Este ano é de diversificação de portfólio. Queremos conquistar novos clientes. O crescimento de receita deve ser de um dígito”, comenta Firmeza.