SafeToGo

Foto: divulgação

Um aplicativo que identifica a rota mais segura para o ciclista em vias públicas. Esta é a premissa do SafeToGo, desenvolvido pelo Instituto Atlântico com inteligência artificial e que está em fase de testes para alimentar seu algoritmo. Apesar de ter sido criado em Fortaleza e feito os primeiros ensaios do MVP na capital do Ceará, ele foi testado até esta segunda-feira, 9, por 15 ciclistas no Rio de Janeiro, graças a uma parceria firmada com o Centro de Operações do Rio (COR).

“Percebemos que os apps de mobilidade foram centrados no motorista, seja ele de carro, de caminhão, mas não para o ciclista. E, neste caso, não necessariamente a melhor rota é a mais rápida, mas a mais segura”, explica Luiz Alves, gerente de inovação e novos negócios do Instituto Atlântico.

Para determinar se um trajeto é seguro, o SafeToGo analisa os seguintes pontos: quando há outros ciclistas na rota; a qualidade da iluminação pública; qualidade da via, se é plana, se tem muita trepidação e se tem muito buraco.

O app usa algumas funções do handset do usuário: o acelerômetro, o sensor de luminosidade para entender a qualidade da luz na via, além do GPS.

SafeToGo

Imagens de telas do app SafeToGo, que deve ser lançado no início do ano que vem

Porém, a equipe já prepara lançar a solução em um dispositivo à parte. “A gente se deu conta de que muitos ciclistas ou não pedalam com seus celulares ou deixam eles escondidos, o que dificulta a captação da luminosidade da via, por exemplo”, explica.

“Já estamos desenvolvendo o hardware com GPS, acelerômetro e o sensor de luminosidade porque entendemos que muitos ciclistas não levam seus smartphones com eles. Neste caso, o sensor poderá ser embarcado no próprio quadro da bike e com uma pequena antena no lado de fora”, explica Alves, que confirmou estar negociando com uma fabricante de bicicleta para produzir o hardware.

Outra função que o aplicativo tem é fazer a leitura de índices de criminalidade das regiões, a partir de dados abertos, criando zonas de exclusão. Em lugares com altos índices de furto ou acidentes reportados por ciclistas, o algoritmo faz um desvio na rota. No fim, o ciclista deve avaliar o app, dando nota de uma a cinco estrelas e compartilhando sua impressão para aquela rota, algo subjetivo, mas que a inteligência artificial pode entender.

Durante a fase de testes, os ciclistas usavam o app em diferentes rotas para testar diferentes áreas e condições. E, no fim, é feita uma avaliação geral, mas também de alguns trechos específicos apontados pela IA.

“Estamos criando um algoritmo que pensa como um ciclista. Neste caso, as avaliações servem para ensinar o que é uma pista de qualidade na visão do ciclista e qual sua percepção sobre aquele caminho. Como pedimos para ele avaliar um determinado trecho da via, o usuário nos informa se ali estava com muitos buracos ou se a trepidação era muito forte. Com isso, o algoritmo fica cada vez mais assertivo”, completa o gerente de inovação.

A ideia é que o grupo que desenvolveu a solução se torne uma startup até o final do ano, funcionando dentro do Atlântico. “A expectativa é lançar o produto no início do ano que vem. A identidade visual está pronta e estamos validando o UX”, diz Alves.

 

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